Nos últimos cinco meses, centenas de crianças estão sendo vítimas de síndrome respiratória aguda grave (espécies de fortes gripes) em Feira de Santana e em outros municípios do estado da Bahia. Somente no Hospital Unimed, os atendimentos na emergência infantil aumentaram de 869, em janeiro, para 1.651 até o dia 24 deste mês. Ocupação média diária de leitos na ala infantil também saltou de 14% em janeiro para 83% agora em maio.
O alerta é do diretor técnico do hospital, o médico José Fransmir Santos Silva Junior, salientando que o quadro clínico, a depender do tipo de vírus, evolui em gravidade de forma muito rápida. Os principais causadores da síndrome são os vírus da Influenza A e B e o VSR (Vírus sincicial respiratório), este último responsável principal pelo internamento de crianças menores de 4 anos de idade.
A pediatra Edilma Reis orienta que não é necessário levar a criança ao hospital caso ela continue com o comportamento natural quando a febre baixa, brincando, sorrindo, se alimentando um pouco. “Mas se a criança ficar caladinha, vomitando, arroxeada nos lábios ou nas extremidades, com febre persistente, tossindo, sonolenta, irritada, com dificuldade para respirar, aí deve ser examinada por um médico”, salienta.
O diretor do hospital recomenda uma série de medidas que devem ser adotadas pelos pais: vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe; evitar ir à creche, escola ou trabalho quando estiver com sintomas gripais; usar boas máscaras adequadas (N95 ou PFF2), assim como manter hábito regular de higienização das mãos; procurar pronto atendimento ao menor sinal de desconforto respiratório, persistência ou piora de sintomas (febre, dor no corpo).
“Os sintomas são tipicamente gripais, com potencial considerável de complicações, tais como pneumonia complicada, insuficiência respiratória e até miosite a depender de qual vírus identificado. A miosite é a inflamação dos músculos, causando dor, desconforto, fraqueza e dificuldade de realizar movimentos. informa o médico José Fransmir.
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