Saúde

Síndrome de Burnout: doença deve ser mal a se combater em 2024 nas empresas

Em um mundo empresarial cada vez mais competitivo, as empresas enfrentam a constante demanda por alto desempenho e liderança no mercado.

Burnout
Foto: Senivpetro/ Freepik

O Ministério da Saúde divulgou uma atualização significativa na lista de doenças relacionadas ao trabalho, agora totalizando 347 códigos de diagnóstico, com a inclusão de 165 novas patologias. Dentre essas, destaca-se o Burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional. Essa doença promete ser o grande tema a ser combatido em 2024 na empresas.

“Essa nova postura traz importantes mudanças em relação ao tema, sendo que, a partir de agora, quem comprovadamente desenvolve essa síndrome, passa a ter vários direitos previdenciários e trabalhistas a serem exercidos. Como é o caso de receber o auxílio-doença acidentário, aposentadoria por invalidez ou até mesmo indenizações vitalícias a depender da situação”, explica Dr. Vicente Beraldi, médico especialistas em medicina do trabalho da Moema Medicina do Trabalho.

O ministério enfatiza que esse esgotamento pode originar-se de fatores psicossociais ligados à gestão organizacional, à natureza das tarefas laborais e às condições do ambiente corporativo. Além disso, a lista foi expandida para incluir transtornos mentais, reconhecendo as crescentes pressões e desafios enfrentados pelos trabalhadores contemporâneos.

Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, onde a busca por alto desempenho e liderança é constante, as dinâmicas de trabalho foram profundamente impactadas pelo avanço tecnológico, exigindo uma atenção especial na relação entre empresas e colaboradores.

“Diversos fatores preocupantes podem surgir dentro das empresas e serem vetores de problemas como o Burnout, como metas acirradas e prazos apertados, a coexistência de colaboradores de diferentes gerações e culturas, e a complexa conciliação do bem-estar com as expectativas financeiras. Enfrentar esses desafios requer uma cultura colaborativa e políticas de trabalho eficazes”, alerta Dr. Vicente Beraldi.

Em um mundo empresarial cada vez mais competitivo, as empresas enfrentam a constante demanda por alto desempenho e liderança no mercado. O avanço tecnológico, embora tenha trazido benefícios, também trouxe mudanças profundas nas dinâmicas de trabalho, demandando uma atenção especial na relação entre empresas e colaboradores.

Hoje são vários fatores preocupantes que podem geral problemas dentro das empresas dentre os quais podemos citar:

Metas acirradas e prazos apertados – As metas para a tão almejada liderança impõem prazos cada vez mais desafiadores, transformando o ambiente de trabalho em um campo hostil.
Diversidade geracional e cultural – A coexistência de colaboradores de diferentes gerações, com anseios e metodologias distintas, gera um choque social e cultural dentro das empresas.
Conciliação do bem-estar com expectativas financeiras – O grande desafio corporativo é alcançar o bem-estar dos colaboradores, mantendo o alinhamento com as expectativas financeiras e macroeconômicas, por meio de uma cultura colaborativa e uma política de trabalho eficaz.

Diante desse cenário desafiador, o Dr. Vicente Beraldi é importante nas empresas ações que visem potencializar a construção de ambientes mais justos. Por meio de ações que partam das áreas de gestão e recursos humanos, e acompanhando os colaboradores, além de intensificar percepções internas e possíveis pontos a serem melhorados.

Entenda o Burnout

Mas, o que é Burnout, segundo Dr. Vicente Beraldi, essa é uma síndrome, também conhecida como “síndrome do esgotamento profissional”, é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho.

“Essa doença, que já foi reconhecida como relacionada ao trabalho tem como sintomas o cansaço excessivo, dor de cabeça, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos negativos e físicos como pressão alta, dores musculares e problemas gastrointestinais”, detalha o especialista.

Para empresa o impacto desse problema é muito grande pois ela resulta em três pilares essenciais, que impactam a rotina das empresas, que são exaustão de energia, distanciamento mental ou negativismo/cinismo relacionados ao trabalho, e redução da eficácia profissional.

Para a pessoa que está preocupada com o Burnout, já existem estudos que mostram os degraus que as pessoas passam até chegar ao extremo, que são:

Necessidade de autoafirmação
Aumento da carga de trabalho
Desleixo com necessidades pessoais
Distanciamento e ansiedade crescente
Redefinição de valores pessoais
Negligência aos problemas emergentes
Isolamento social
Mudanças comportamentais preocupantes
Despersonalização
Sentimento de vazio interior
Intensificação de sintomas depressivos
Quadro de Burnout com exaustão emocional

Contudo, existem caminhos para prevenção desses males, conforme detalha Dr. Vicente Beraldi, que detalha alguns desses:

  1. Estabelecimento de objetivos – Definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.
  2. Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal – Participar de atividades de lazer, fugindo da rotina diária.
  3. Atividades físicas regulares – Praticar exercícios físicos regularmente.
  4. Cuidados com a saúde mental – Evitar consumo de substâncias nocivas, não se automedicar e garantir uma boa qualidade de sono.

Mas, para além das pessoas as empresas também têm um papel crucial na reversão dessa situação. Em um contexto em que o esgotamento profissional é uma realidade latente, a prevenção torna-se crucial para manter a saúde mental e a qualidade de vida dos colaboradores, contribuindo para ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.

Assim se mostra necessário que as empresas busquem por novas soluções para esses problemas, apontando para um futuro mais promissor nas relações corporativas.

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