Saúde

Serviço de Planejamento Familiar no Hospital da Mulher já garantiu contraceptivos para 1200 pacientes

Serviço de Planejamento Familiar no Hospital da Mulher já garantiu contraceptivos para 1200 pacientes.

Acorda Cidade

Um conjunto de ações que auxiliam mulheres, homens, adultos, jovens e adolescentes a planejar a chegada dos filhos e garantir viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha e culpa, independente da condição física, idade e estado civil, são desenvolvidas através do Serviço de Planejamento Familiar ambulatorial no Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher.

Pioneiro na região, o serviço totalmente custeado pelo Governo do prefeito Colbert Martins Filho, por meio da Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS), foi implantado há apenas um ano e já garantiu acesso gratuito para 1200 pacientes.

Semanalmente, sempre às sextas-feiras, no turno vespertino, médicos residentes obstetras orientam quanto ao uso e até aplicam métodos contraceptivos, a exemplo do dispositivo intrauterino não hormonal com cobre, conhecido como DIU T Cu, de longa duração e reversível, e o subcutâneo etonogestrel (Implanon NXT).

Segundo o coordenador do projeto, o médico ginecologista obstetra Francisco Mota, “até o mês de agosto a unidade hospitalar disponibilizará também o Mirena” – chamado de SIU (sistema intrauterino) – que possui o hormônio feminino levonogestrel de longa duração (até 5 anos), reversível e mais eficaz que o DIU.

“A paciente, inicialmente, expressa o desejo de usar determinado contraceptivo. Porém, após avaliação, orientamos qual o método ideal”, explica o especialista.

É o caso da paciente e mãe de três filhos, Tayná Oliveira da Luz, que chegou ao hospital com o intuito de “colocar o DIU”. Após ser avaliada, recebeu o implante subcutâneo etonogestrel (Implanon NXT) diante da decisão de ter filhos após três anos.

“Totalmente indolor. Já havia ouvido falar e, quando cheguei aqui, recebi toda a orientação necessária. Agora posso ficar tranquila”, afirma.

O médico pontua que o planejamento familiar “não é para evitar a gravidez, mas planejar e proporcionar qualidade de vida à paciente”.

A dona de casa Joselane Lima Silva, após o nascimento da segunda filha, resolveu pelo uso do DIU de cobre pelo fato de a idade avançada não indicar para a realização de procedimento de ligadura.

“Prefiro planejar melhor a família daqui pra frente”, pontua a paciente, moradora do bairro Parque Ipê.

Segundo Francisco Mota, as pacientes que queiram engravidar em pouco tempo recebem a recomendação para o uso de métodos de curta duração, como pílulas ou injetáveis. Ele ainda ressalta que, se necessário, é marcada a realização de ultrassom transvaginal que poder ser feita no próprio Hospital da Mulher.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 120 milhões de mulheres em todo mundo desejam evitar a gravidez. Com isso, todas as pessoas possuem o direito de decidir se terão ou não filhos, e o poder público tem o dever de oferecer acesso a recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática do planejamento familiar.

Foto: Andrews Pedra Branca

“O custo de dispositivos contraceptivos é altíssimo na rede particular, e chega a custar entre R$ 600 e R$ 1.200. Aqui [Hospital da Mulher], a gestão do prefeito Colbert Martins Fillho garante que a população tenha acesso gratuito a métodos contraceptivos com excelente eficácia”, afirma Gilberte Lucas, diretora-presidente da FHFS.

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