Sensibilização sobre Doença de Chagas acontece em Feira de Santana em 16 de abril

Pessoas picadas por barbeiro devem procurar o serviço de saúde para receber o diagnóstico e tratamento para os casos confirmados da doença.

projeto oxente chagas Bahia
Foto: Divulgação

O Dia Mundial da Doença de Chagas [14 de abril] será comemorado em Feira de Santana com uma ação educativa no Ambulatório de Infectologia, dia 16, visando ampliar a sensibilização de profissionais de saúde, pacientes e acompanhantes sobre a doença, que muitas vezes é negligenciada e se manifesta de forma silenciosa.

A doença de Chagas pode ser transmitida tanto pelo barbeiro quanto por alimentos contaminados – açaí e cana de açúcar. No caso da picada do inseto contaminado, ele elimina as fezes contendo o parasita Trypanosoma cruzi que penetra na pele durante a coceira [esta é a forma mais comum de infecção]. Ainda, por transmissão congênita que ocorre através da placenta ou no parto de mães com resultado positivo.

Segundo a enfermeira referência técnica da Doença de Chagas, da Secretaria Municipal de Saúde, Thaís Peixoto, existem duas fases da doença: crônica e aguda. Na fase aguda, o paciente pode apresentar sintomas como febre, mal-estar, coceira no local da picada do barbeiro – inseto transmissor da doença – e vermelhidão ou pode evoluir sem sintomas. 

Caso não haja tratamento específico nesta fase, o paciente pode conviver com a doença sem apresentar sintomas e sem alterações em exames específicos, evoluindo para fase crônica da doença. É quando as complicações podem atingir alguns órgãos, como o coração – há diminuição da função e o aumento do tamanho – e o sistema digestivo.

“Nosso maior desafio é fazer o diagnóstico precoce da doença [clínico e laboratorial] e assegurar o tratamento ao paciente quando ainda está na fase aguda. Porque geralmente por não apresentar sintomas, a pessoa picada pelo barbeiro acaba negligenciando e não procura o serviço de saúde e a doença pode evoluir para a fase crônica. Neste estágio as complicações aumentam e o tratamento se torna muito mais difícil”, explica a enfermeira. 

Thaís Peixoto pontua que a doença de Chagas é subnotificada em todo o país, constituindo importante problema de saúde pública. A doença se concentra, principalmente, em áreas rurais. 

“As ações de sensibilização são essenciais para alertar as pessoas que forem picadas pelo barbeiro que procurem o serviço de saúde, inclusive levando o vetor para ser identificado. Isso vai garantir o diagnóstico e tratamento precoces”, considera a enfermeira pontuando que a doença tem tratamento e cura e está disponível no município.

SENSIBILIZAÇÃO

A comunidade feirense é convidada a participar da ação educativa sobre a doença de Chagas no Ambulatório de Infectologia, dia 16, a partir das 8h.

O serviço está localizado na rua Professor Fernando São Paulo, 911, bairro São João.

As informações são da Secretaria de Comunicação Social

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