Depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, todas elas são doenças mentais, mas que possuem suas diferenças na hora do diagnóstico médico. Na era digital, com o uso excessivo de telas, a informação e a conscientização correta sobre essas doenças são fundamentais para trazer qualidade de vida às pessoas que convivem com esses transtornos e até mesmo para quem não sabe que tem.
A aceleração do dia a dia pode nos deixar ansioso por algum evento, por um trabalho, por melhorias de vida, mas entre estar ansioso por algo e ser ansioso o tempo todo exige um diagnóstico de um médico especialista.
De acordo com a psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial Oscar Marques (Caps ll), Thaise Lacerda, o Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG) pode ter características mais leves, como medo e ansiedade, por algo que o paciente acredita que pode não dar conta, sudorese, preocupação intensa. Se não houver um tratamento precoce, pode provocar sintomas mais profundos como crises de pânico.
“O TAG pode ser um transtorno leve, mas a síndrome do pânico já é os sintomas da ansiedade generalizada junto com outros sintomas. Tem na síndrome do pânico, o sentimento de angústia, de desespero, uma ansiedade muito forte, ataque cardíaco, pensamentos negativos. A sensação que o paciente vai morrer, vai entrar em estado de crise excessiva”, explicou.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Thaise disse que existem os transtornos leves, os graves e persistentes. Sem o devido tratamento de uma psicóloga, o TAG pode evoluir e os sintomas de medos, desespero, nervosismo podem aumentar excessivamente, levando a outros tipos de transtornos e até a doenças físicas, como ataque cardíaco.
“Às vezes o leve começa com o Tag, o paciente com medo, com desconfiança, com crises de nervosismo, depois pode desencadear, se o paciente não cuidar, uma síndrome do pânico, quando os sintomas aumentam; e é quando vira um transtorno grave e persistente onde o paciente vai desencadear os sintomas mais graves, ataques cardíacos, o sentimento de desespero, medo mais excessivo, são sintomas excessivamente mais que o Tag”, observou.
Além das crises de pânico, a psicóloga explica que a presença do Tag na vida das pessoas, sem tratamento, pode levar aquele paciente a ter uma depressão adquirida.
“Se isso não for tratado, esse pensamento de desespero, de morte que o paciente vai morrer, pode entrar em um desencadeamento de uma depressão adquirida, uma depressão vinculado aos medos, a tristeza e a preocupação excessiva. E tem também a orgânica que é aquela que o próprio organismo do indivíduo também desenvolve”.
No espaço do Caps ll, existe uma equipe multidisciplinar que trabalha através do Programa Terapêutico Singular (PTS), realizando o acolhimento, a avaliação psicológica e o entendimento específico para o transtorno daquele devido paciente.
“Trabalhamos com o acolhimento, com a avaliação psicológica com o paciente, com os grupos e oficinas terapêuticas que é trabalhado com o paciente para que a gente possa ter esse olhar situacional, fazer algumas demonstrações para que ele possa viver melhor em sociedade, as avaliações que é vista a necessidade do paciente. Nós trabalhamos com o PTS que é exatamente o que ele precisa naquele momento, para que ele possa se desenvolver melhor na nossa rede”, pontuou a psicóloga.
Para se livrar de uma crise de ansiedade ou de pânico, no momento é necessário manter a calma e respirar. Perceber sua própria respiração, livrando a mente de tantos pensamentos ao mesmo tempo pode ser o primeiro passo para se acalmar. Mas para um tratamento realmente eficaz é necessário buscar apoio psicológico terapêutico junto a um psicólogo ou psiquiatra. O primeiro passo para a cura é reconhecer os transtornos e procurar ajuda.
Você não está sozinha (o)! Se precisar, disque 188 e converse com alguém do Centro de Valorização à Vida até a ansiedade, o medo e as crises diminuírem.
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