Feira de Santana

Sem equipamentos de proteção, agentes comunitários de saúde estão preocupados com o coronavírus

O presidente do sindicato dos agentes comunitários de Feira de Santana, Nelson do Rosário, informou ao Acorda Cidade que fez as cobranças devidas, dentro da lei à secretaria de Saúde e que algumas questões já foram respondidas.

Ney Silva

Por causa do coronavírus os Agentes Comunitários de Saúde de Feira de Santana estão preocupados com a falta de equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras e álcool gel. Alguns deles também informaram que tem moradores que não querem aceitar o acesso deles no interior das residências.

O presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Feira de Santana, Nelson do Rosário, informou ao Acorda Cidade que fez as cobranças devidas, dentro da lei, à secretaria de Saúde e que algumas questões já foram respondidas. Segundo ele, por precaução, as agentes de saúde estão atendendo a população a certa distância, mas ainda sem álcool gel, luvas e máscaras.

“Já fomos orientados a não pesar as crianças no acompanhamento de 0 a 4 anos 11 meses e 29 dias, enquanto tiver essa prerrogativa da pandemia. Enviamos um ofício dia 13 para a secretaria de saúde e a coordenação nos respondeu que já fez o pedido da compra de materiais como álcool gel, luvas e máscaras e que está aguardando chegar para distribuir para todos os trabalhadores, que realmente podem ser vetor, já que tem contato com muitas famílias. Um agente comunitário hoje acompanha mais de 700 pessoas e tem algumas famílias que não aceitando o agente fazer a visita”, informou.

A enfermeira referência da Atenção Básica, Valdenice Queiroz, disse que a prefeitura já está providenciando os kits e que nem todos os agentes vão precisar usar.

“Eles utilização todas as medidas para se proteger e também para proteger o usuário. Caso seja necessário usar EPI em alguma situação, eles terão que solicitar da Unidade Básica de Saúde. Nós enviamos hoje kits com máscara e álcool gel para todos da equipe. O agente tem que manter o distanciamento conforme é orientado nos casos suspeitos. Se o usuário não é suspeito, ele está com o distanciamento necessário, não há necessidade de utilizar EPI”, explicou.

Questionada sobre a possibilidade dos agentes comunitários de saúde trabalharem apenas em um turno, ela informou que esse era o pensamento da secretaria de saúde, mas devido a pandemia do coronavírus e a possibilidade de aumento de casos da doença nos próximos meses, isso não será mais possível.

“Pelas recomendações do Ministério de Saúde e da secretaria estadual de saúde, não mais recomendamos que o agente comunitário trabalhe em apenas um turno, pois ele é um profissional altamente importante nesse momento, que está de casa em casa e dentro das recomendações de como ele vai se proteger e proteger o usuário, entendemos que o trabalho dele deve ocorrer 8 horas por dia como os demais profissionais”, afirmou.

Samu

Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também reclamam das condições de trabalho. Eles também estão na linha de frente ao socorrer pessoas que podem estar contaminadas. Entre os equipamentos eles relataram falta de máscaras N95, avental e material para fazer a assepsia das ambulâncias. Disseram também que não estão tendo orientações sobre procedimentos para evitar o contágio.

Uma nota técnica divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus faz recomendações de materiais para os profissionais de saúde do Samu.

Imagem/Reprodução/Nota Técnica
 

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