Covid-19

Secretário explica falta de seringas para aplicação da BCG em crianças nos postos de Feira de Santana

Marcelo Brito acredita que essa falta do material se deve à aplicação da vacina da Pfizer, que utiliza o mesmo tipo de seringa.

Laiane Cruz

Após reclamações da população sobre a falta de seringas para aplicação da vacina BCG em crianças, nos postos de saúde, o secretário de saúde Marcelo Britto explicou que os materiais estão em falta no mercado.

De acordo com ele, a seringa que aplica a BCG é específica, de muito baixo volume, para uma dose de apenas 0,5 ml.

“Não se pode aplicar mais que aquela dose, para não ocorrer a sobredose. O Núcleo Regional entrega tanto a vacina quanto as seringas, mas está havendo dificuldades com o fornecimento, e a culpa não é do Núcleo nem da Sesab, mas sim porque faltaram as seringas, e a secretaria de saúde está com dificuldade de adquirir no mercado”, informou o secretário.

Marcelo Britto acredita que essa falta do material se deve à aplicação da vacina da Pfizer, que utiliza o mesmo tipo de seringa.

“Provavelmente, foram compradas todas essas seringas no mercado para utilização da vacina Pfizer e está faltando essas seringas para a BCG. A secretaria já está em campo tentando buscar fornecedores no estado da Bahia ou fora do estado, se houver necessidade até importar. Essas são as sequelas, as consequências dessa megaoperação de vacinação que a gente está fazendo. Não culpo essas pessoas que estão se queixando, mas não é só o nosso município. Todo o país hoje deve estar enfrentando o mesmo problema. A Sesab não tem pra distribuir, e o Ministério da Saúde não está enviando essas seringas”, explicou.

O secretário destacou ainda que não estão faltando vacinas para BCG. E que a aplicação dessa vacina não pode se dar a mais ou a menos.

“A quantidade de vacina que se injeta é muito pequena, e se eu usar uma seringa comum de 5 ml, não consigo puxar 0,5ml, é uma quantidade muito pequena e eu não consigo numa seringa de 5 ml, sempre vai ficar um pouco a mais ou a menos, e essa vacina não pode ser feita a mais nem a menos. Se fizer a menos não tem eficácia, e se fizer a mais posso causar um grave problema para a criança. Por isso temos que usar essa seringa especial, e a seringa comum não tem como fazer esse volume certinho”, esclareceu.

Conforme Marcelo Brito, neste momento não há surto de BCG e a vacinação é apenas para prevenção. Ele informou que o atraso na aplicação das doses não deve causar nenhum prejuízo à população.

“Essas vacinas nós fazemos a prevenção, não temos nenhum surto, nenhuma endemia ou pandemia. Ou seja, temos que manter a vacinação para prevenir, então o fato de nós atrasarmos um pouco, e estou falando de dias ou no máximo semanas, não deve gerar qualquer tipo de risco à população. E se chegarem as seringas, e eu tiver que optar entre dar a BCG e as vacinas da Pfizer, eu tenho que optar pela vacina da Pfizer, porque temos uma pandemia instalada e a outra pode ser adiada um pouco. Então peço aos pais que antes de levarem seus filhos ao posto de saúde verifiquem se a unidade já tem a seringa especial.

Covid-19

Com relação à vacinação das grávidas contra a covid-19, o secretário explicou que neste momento não há vacinas para esse grupo, mas que espera receber as doses em breve.

“Assim que tivermos vacinas disponíveis para esse grupo específico faremos a vacinação. As grávidas com comorbidades já fizeram suas vacinas, mas aquelas que não têm comorbidades ainda não temos, até porque elas não podem tomar qualquer vacina. Temos que alertar pra isso, que a Oxford não pode ser aplicada na grávida sem comorbidade, a Anvisa suspendeu preventivamente só pra esse grupo. A gente deve retomar a vacinação se chegar para a primeira dose.” 

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