Laiane Cruz
O secretário de Saúde de Feira de Santana, Marcelo Britto, afirmou na segunda-feira (30) que o município já tem quase 60% do público-alvo vacinado com a primeira dose da vacina contra a covid-19. Por outro lado, cerca de 100 mil pessoas ainda não compareceram aos postos para a primeira aplicação.
Já com relação ao percentual da segunda dose, Feira de Santana atingiu cerca de 30%. “Estamos acima da média normal do Brasil, segundo os dados divulgados pelos consórcios de imprensa. Feira de Santana é um município que tem ajudado a puxar esse número positivamente para o país. Temos em torno de 100 mil pessoas que ainda não apareceram para tomar a primeira dose e ainda temos um número ainda não estabelecido da segunda, porque estamos ainda na fase de que muita gente não tomou a segunda dose, mas não está na data. Está naquele período que já tomou a primeira, e está aguardando os 90 dias ou 28 dias a depender da vacina”, afirmou o secretário.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Segundo Marcelo Britto, o Ministério da Saúde está estudando agora reduzir o prazo da segunda dose, e a secretaria vai obedecer a essa redução, o que faz diferença também nos números que estão sendo apresentados. Ele afirmou que apesar de todas as campanhas, nenhuma cidade do país deverá conseguir vacinar totalmente a população.
“O ideal é que tenhamos o número de 100%, mas todos nós sabemos que esse número não será atingido por muitas razões, algumas justificadas, outras injustificadas. Mas sempre vamos tentar buscar o número máximo. O apelo que nós fazemos à população, que eu diria que em sua maior parte tem seguido, é que compareça na sua data e faça sua primeira dose, e na data combinada compareça para a segunda. Acompanhe as orientações”, frisou.
Com relação à reclamação de que em Feira de Santana estariam ocorrendo atrasos na aplicação da segunda dose, o secretário negou. De acordo com ele, o município tem seguido o prazo máximo de 90 dias para algumas vacinas, conforme as orientações do Ministério da Saúde e da Comissão Intergestora Bipartite (CIB).
“Nós temos a vacina disponível, mas estamos seguindo a orientação que foi dada pelo Ministério e a CIB, o que faz com esse prazo de 90 dias entre a primeira e a segunda dose de algumas vacinas seja o limite máximo que o próprio fabricante determina. A tendência agora é a gente reduzir esse prazo de 90 dias, além de ampliar a vacinação para todos os adolescentes de 12 a 17 anos, sendo que os que têm comorbidades já estão fazendo. É um número pequeno, pois a maior parte dos adolescentes não têm doenças estabelecidas”, declarou.
O secretário salientou que o município vem estudando formas de atrair mais pessoas para a vacinação.
“Estamos tentando aproximar essa vacinação do público, fazendo marketing, estamos vendo algum tipo de evento que possa atrair as pessoas ainda mais para a vacinação, principalmente para o momento da fila. Estamos tentando criar um atrativo a mais pra distrair as pessoas naquele pré-momento da vacinação.”
Acerca da vacinação nos fim de semana, a exemplo do domingo, ele reiterou que a secretaria ainda não pensa em fazer. “Nesse momento temos poupado a equipe, que tem trabalhado muito de forma ininterrupta de segunda a sábado. Não é nossa ideia abrir no domingo, mas percebendo a necessidade, sim.”
Início da Terceira Dose
A expectativa é que a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 em Feira de Santana ocorra no prazo dado pelo Ministério da Saúde, que o dia 15 de setembro.
“A nossa expectativa é iniciar a partir do dia 15 com os idosos a partir de 70 anos. Depende do número de doses de vacinas que cheguem pra esse público, com a chegada de uma vacina específica.”
Variante Delta
O secretário Marcelo Britto comentou ainda a confirmação da variante Delta no município. Ele disse que a Secretaria de Saúde vinha realizando testes até que identificou o caso do morador do distrito de Maria Quitéria, o qual ainda não tinha tomado nenhuma dose da vacina.
“A variante Delta vir pra Feira de Santana, era certo que iria acontecer. Nosso trabalho era que acontecesse o mais tarde possível, como de fato ocorreu. Feira tem uma característica muito clara de entroncamento rodoviário. Quase todo o trânsito entre o norte e o sul do Brasil passa por Feira, o que nos permite uma circulação de pessoas com uma variedade de doenças muito grande. O paciente está bem, mas não tinha sido vacinado. Esse o problema das pessoas que não tomam a vacina. Não tem sentido defender coisas que não tem respaldo científico”, pontuou.
Atendimento nas Upas
Questionado sobre problemas vivenciados pela população que busca atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento do município, Marcelo Britto justificou que elas estão funcionando, porém não devem receber pessoas que não possuam quadro de emergência.
“Pessoas que não tenham quadro de emergência não devem procurar as Upas, devem procurar os postos de saúde, a unidades básicas, a rede conveniada. A única dificuldade que estamos enfrentando é com relação à regulação estadual, que a gente precisa transferir pacientes para intervenções cirúrgicas, para internamento clínico e a rede do estado está muito cheia, e a gente não consegue fazer essa transferência de forma rápida.”
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.