Rachel Pinto
Diante de muitas reclamações da população sobre a escolha do local para o último dia de vacinação das pessoas que integram os grupos prioritários, que aconteceu ontem (15), na Escola Valdemira Alves de Brito, no bairro Sítio Matias, e também pelo encerramento da vacinação devido à falta de seringas e diluentes, o secretário municipal de saúde, Marcello Britto, informou na manhã desta quarta-feira (16), durante participação no Acorda Cidade, que é possível que haja uma nova oportunidade para vacinação desses grupos.
Ele também explicou que o local escolhido foi a pedido do prefeito Colbert Martins, pelo fato da escola ser próxima ao bairro Tomba, que registra alto número de contaminados e com o intuído de aproximar a vacinação da população.
“Tivemos esse problema ontem na escola, espero que não aconteça mais, estamos aguardando o recebimento de seringas, e o núcleo já sinalizou que deverá entregar no máximo até amanhã. Vamos ver o que nós vamos fazer porque ontem o grupo da vacinação me pediu encarecidamente que não gostaria de retornar mais à escola devido aos problemas e isso termina prejudicando uma ação da secretaria. Eu pessoalmente, como fiz sempre até hoje, no momento em que falta vacina, eu vou lá fora e explico o que está acontecendo e ontem saí da secretaria para fazer o aviso. Ouvi reclamações da população, mas esse é o meu papel, não vamos atingir a perfeição nunca, mas podemos buscar nos aproximar dela e é esse que é o interesse da Secretaria de Saúde”, destacou.
O secretário informou que há no município cerca de 5 mil vacinas. No entanto, há essa dependência da falta das seringas e dos diluentes para que seja retomada a vacinação. Sobre a possibilidade de retomar a imunização dos grupos prioritários, ele salientou que isto pode acontecer, mas foi observado, por exemplo, que a maioria das pessoas que foram ontem receber a vacina seguiram o critério da idade.
“É possível que a gente abra uma nova oportunidade para poder mitigar, diminuir ou amortizar esse efeito da falta de seringas. Ontem nós tivemos a maior parte das pessoas pela idade. Significa que a nossa vacinação para o grupo prioritário surtiu efeito. Do grupo prioritário foram poucas pessoas que compareceram e eu chamaria de retardatárias. Temos profissionais de saúde que estão sendo vacinados há meses e que não teria sentido agora querer se vacinarem. Tiveram 90 dias para vacinar e não compareceram, imagino que agora façam a vacinação por idade. Ninguém está proibido de tomar vacina, mas nós temos que baixar esse número de idade. É muito importante começar a vacinar o jovem que está fazendo o paredão, participando de festas. A pessoa com mais idade, por si só, já tem essa restrição de ficar em casa como proteção”, salientou.
Marcelo Britto declarou que a decisão sobre um novo local de vacinação é tomada pela equipe técnica e são analisadas questões como estrutura, banheiros, disponibilidade de computadores, acesso à internet e como se formará a fila de espera para a vacina.
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