Na segunda-feira (4), a Secretaria de Saúde de Feira de Santana divulgou um balanço do número de casos positivos de Covid-19 no mês de junho no município, com 1.117 infectados. Houve registros de pessoas internadas por sintomas graves da doença.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de saúde Marcelo Britto alertou que os casos estão aumentando de maneira importante na cidade, sobretudo por conta das festas de São João.
“Nós temos, sim, um aumento importante do número de casos. E isso é, sem sombra de dúvida, reflexo do São João e do São Pedro, em que as pessoas se aproximaram, fizeram festas, desencadeando uma maior disseminação da covid-19. Ainda bem que não temos o mesmo aumento do número de internamentos e óbitos, graças à vacinação que temos no município. O alerta está ligado, o aumento de casos é importante, e algumas cidades do sul do país estão hoje com dificuldade novamente de leitos de UTI, mas desejamos que isso não aconteça em Feira de Santana”, pontuou Marcelo Brito.
O gestor da pasta destacou que a secretaria irá avaliar nos próximos dias se haverá também aumento do número de internamentos e a necessidade de abrir novos leitos nas unidades para os casos graves.
“Nada está descartado, tivemos o São João e o São Pedro, mas ainda é cedo. Daqui há mais alguns dias vamos verificar se os casos vão se multiplicar ou se eles vão naturalmente tendo alta e voltando à normalidade. Tudo é uma possibilidade. Há dois anos isso seria uma certeza. A diferença de dois anos para hoje é a vacinação”, reiterou.
Flexibilização das máscaras
Apesar do crescimento do número de infectados pela covid-19 em Feira de Santana, o uso de máscaras continua sendo opcional neste momento. No entanto, o secretário de saúde não descarta a possibilidade de alterar essa regra se o aumento permanecer e os casos graves forem evoluindo.
“A utilização de máscaras é recomendada, mas não é obrigatória. Hoje estamos orientando as pessoas que têm maior risco ou com suspeita de estarem com covid que imediatamente passem a usar o equipamento de proteção, mesmo em ambiente familiar. Se estiver gripado, bota a máscara, se isola, não fica no mesmo quarto e faz o teste. Se der positivo, esse isolamento tem que continuar. O teste rápido você realiza em qualquer unidade e o PCR, a própria unidade faz a solicitação. O resultado do teste rápido sai em 15 minutos e o RT-PCR demora alguns dias, pois é levado ao Lacen.”
Na avaliação do secretário de saúde, além das festas, o inverno e a utilização intensa de fogueiras, no período do São João, além dos fogos de artifícios, contribuíram para o aumento dos problemas respiratórios da população.
Quanto à vacinação, ele acredita que o ritmo para a terceira dose ainda não é positivo. “Estamos com um ritmo para terceira dose menor do que esperamos, a mesma coisa se aplica à vacina da gripe, que esperávamos um aumento importante do número de vacinados. A população tem que comparecer aos postos, fazer sua vacinação, e aqueles com mais de 40 anos ou que sejam profissionais de saúde já podem tomar a quarta dose. Isso é importante para que caso venha pegar a doença, pegue de forma branda. As pessoas relaxaram um pouco com a melhora do quadro, a diminuição do número de infectados, a taxa de óbitos baixa e baixo número de internamentos, só que agora isso está subindo de novo, e as pessoas têm que se preocupar. A quarta dose está acontecendo tranquilamente. A maior dificuldade está sendo com a terceira, de pessoas que tomaram a 1ª e 2ª e acharam que não deveriam tomar mais”, enfatizou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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