Secretária acredita que Feira não será prejudicada com saída de cubanos do programa Mais Médicos

^{Laiane Cruz}

A secretária de Saúde de Feira de Santana, Denise Mascarenhas, informou, na manhã desta segunda-feira (19), que o município não sofrerá um grande impacto com a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, criado pelo governo federal para suprir a falta desses profissionais, sobretudo nas cidades do interior do país.

Na última quarta-feira (14), o governo de Cuba anunciou que deixará o programa social por discordar do posicionamento do presidente eleito Jair Bolsonaro com relação à presença dos médicos cubanos no Brasil. Segundo o governo cubano, Bolsonaro teria feito "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" ao se referir ao programa.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a secretária disse que em Feira de Santana o programa abriga nove médicos cubanos, um mexicano e 14 brasileiros. Entre os cubanos, um é naturalizado brasileiro e já possui o CRM brasileiro. Segundo ela, o prazo para a saída dos cubanos é até dezembro, mas a prefeitura já está providenciando outros profissionais para ocupar o lugar dos que estão saindo.

“Eles deram um prazo até dezembro. A prefeitura já tem outros médicos para substituir, e o Ministério da Saúde estará abrindo hoje um edital para que novos médicos possam se candidatar, inclusive brasileiros, pois a prioridade do programa é os brasileiros, para depois os estrangeiros”, afirmou Denise Mascarenhas.

Ela esclareceu que o programa Mais Médicos foi criado com a perspectiva de atrair mais médicos para o interior do país, pois há locais que são muito distantes e difícil acesso aos profissionais, e por isso eles não iam a esses locais. “Eles criaram esse programa com a finalidade de ocupar esses espaços, mas para nossa surpresa o maior número hoje de médicos está em São Paulo. E além da questão dos títulos, com dois anos nesse programa eles têm pontuação para fazer a residência médica.”