Feira de Santana

Saiba mais sobre a herpes, doença infecciosa que virou assunto no BBB

A herpes labial é uma infecção causada por um vírus com aparecimento de pequenas bolhas nos lábios.

Gabriel Gonçalves

Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias nas redes sociais, foi o beijo entre os sisters Natália e Eliezer, participantes do reality show do BBB 22, da Rede Globo.

Embora seja um beijo considerado 'normal', o que mais chamou a atenção dos outros participantes, foi o fato de Eliezer estar com suspeita de herpes labial, uma infecção causada por um vírus com aparecimento de pequenas bolhas nos lábios.

Diante do fato, o Acorda Cidade foi em busca de maiores informações à respeito doença com a médica dermatologista, Helga Clementino. Segundo ela, a doença se apresenta em dois tipos.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

"A herpes labial na verdade é uma manifestação de uma doença causada por um vírus chamado de herpes simples. Existe o tipo 1 labial e o tipo 2 genital. O tipo 1 se manifesta com bolhinhas na região dos lábios, feridinhas e quando existe a presença dessas lesões, o mais indicado é realmente evitar o contato com outras mucosas para passar porque isso é transmissível", explicou.

Quais são as principais causas?

"A gente tem um dado que é bem interessante. 90% da população adulta do mundo tem esse vírus, é o vírus mais prevalente no ser humano, então você é adquire esse vírus em contato em algum momento da sua vida por exemplo, compartilhamento de copos, compartilhamento de talheres, beijos, contatos mais íntimos, isso tudo é uma forma de transmissão do herpes", disse a médica

Quais são os ricos, caso não trate da doença?

"Quando a gente tem uma herpes na região dos lábios que é muito comum, a gente está vendo que a preocupação das pessoas é mais pela aparência, mas a gente não pode esquecer que o herpes, aquilo ali, é a ponta do iceberg. Por baixo daquilo, tem uma possibilidade de complicações que o que torna o quadro mais grave. A gente deve dar mais importância, então se eu tenho paciente que tem lesão recorrente nos lábios por conta de herpes, ele está sobre um risco maior de desenvolver outros problemas tipo inflamação neural, em um quadro mais grave que é a encefalite herpética que é como se fosse uma meningite herpética".

Como é realizado o tratamento contra herpes?

Helga relatou que o combate ao vírus é feito com medicações orais.

"O tratamento da herpes a princípio não é feito com creme nem pomada, mas sim com medicamento oral. Creme para herpes não funciona, isso deve ficar muito claro porque as pessoas vão na farmácia e compram um creme, achando que estão tratando a herpes, mas isso não funciona porque a herpes é causada por um vírus, e vírus, a gente não mata com creme. Estamos vendo aí a questão da pandemia por um vírus, estamos vendo a dificuldade que é, então o vírus deve ser combatido com medicamentos de forma oral. Na maioria das vezes o tratamento não é rápido, tem situações que a gente precisa passar meses em uso do medicamento, sem um quadro recorrente. Isso é um vírus que fica adormecido em nosso corpo mesmo quando a gente não está com a lesão aparente visível. Então algumas situações, a maioria das vezes, esses tratamentos são para adormecer o vírus e não para matá-lo".

Ainda de acordo com a médica dermatologista, a principal prevenção para evitar a aquisição da doença, é compartilhar objetos de uso pessoal e explicou que existem estudos para produção de uma vacina contra a herpes.

"É necessário evitar o contato com as pessoas que estão com a lesão ativa, que são aquelas bolhinhas que ficam ao redor dos lábios ou na região genital, porque estas bolhas possuem partículas virais que são altamente transmissíveis, além de evitar claro, o compartilhamento de copos, talheres, maquiagens, gloss e hoje, um estudo está em desenvolvimento para a vacina contra a herpes tipo 2, provavelmente vai ser uma vacina semelhante a vacina da Pfizer, que é utilizada contra a Covid-19", explicou.

Segundo a médica dermatologista, outros profissionais também são especialistas para tratar da doença.

"Para tratar esta doença, o mais recomendado é procurar também um infectologista porque se trata de uma infecção, mas também é possível procurar um urologista no caso do homem, caso a doença seja provocada nas partes íntimas ou um ginecologista no caso das mulheres. Quanto mais cedo for detectado, melhor será, pois diminui a carga viral desta doença. É bom destacar também que é uma doença que afeta mais os jovens adultos", concluiu.

 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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