Nordeste

Rui Costa comenta sobre suspensão da compra da Sputnik V

A compra foi suspensa nesta quinta-feira (5), em reunião com o Fundo Soberano Russo.

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O Consórcio Nordeste, que reúne governadores da região, anunciou hoje (5) que suspendeu a compra de 37 milhões de doses da vacina contra a covid-19 Sputnik V, da Rússia. O contrato só será retomado caso haja autorização para o uso do imunizante pelas autoridades sanitárias.

O governador Rui Costa usou as redes sociais na noite desta quinta-feira (5) para comentar a suspensão anunciada pelo governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias.

Leia na integra a declaração do governador:

Infelizmente, por conta de entraves tanto da Anvisa como Ministério da Saúde, o contrato que previa a entrega de 37 milhões de doses da vacina #SputnikV para estados nordestinos foi suspenso nesta quinta, em reunião com o Fundo Soberano Russo.

É absurdo e lamentável que os entraves da Anvisa tenham impedido o acesso de milhões de pessoas às vacinas, que já poderíamos estar aplicando desde abril. Com elas, muitas vidas teriam sido poupadas.

Nos antecipamos em buscar essas doses ainda em setembro do ano passado, atendendo à urgência em salvar vidas humanas. Urgência essa que infelizmente não foi compartilhada por outros agentes públicos.

O Fundo Soberano Russo informou que as vacinas que seriam destinadas para o Brasil serão enviadas agora para o México, Argentina e Bolívia, e que, assim que o Brasil decidir, as vacinas estarão disponíveis para envio imediato para atender à necessidade do povo brasileiro.”

Anvisa

Segundo o presidente do consórcio, governador do Piauí, Wellington Dias, a decisão foi tomada por conta dos condicionantes impostos pela Anvisa e pela não inclusão do imunizante no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“É lamentável, o Brasil vive uma situação com alta mortalidade, mais de mil óbitos por dia. Temos vacinas disponíveis, mas impedidas de entrar no Brasil devido uma decisão da Anvisa que faz uma alteração no padrão de teste junto com a não inclusão do Ministério da Saúde no plano nacional de vacinação e a falta da licença de importação, tivemos a suspensão da entrega da vacina até que se tenha uma autorização do uso do imunizante no Brasil”, disse Dias.

A Anvisa liberou a importação em junho. Mas apontou uma série de exigências em razão da falta de documentos e de possíveis riscos identificados no imunizante. Entre os condicionantes estão limites para os lotes e testagem das vacinas para averiguar determinados aspectos, como riscos decorrentes do uso da tecnologia de vírus inativado.

A Anvisa também condicionou a aplicação das vacinas à autorização pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Os estados cuja importação foi autorizada também precisam realizar estudos de efetividade.

Com informações da Agência Brasil

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