Combate à Dengue

Repelente para afastar o mosquito da dengue? Como deve ser usado? Farmacêuticas dão dicas de como aplicar produto

Nesta reportagem, você vai entender melhor quais tipos de repelentes existem no mercado, recomendações, restrições e maneira correta de usar.

repelente
Foto: Freepik

Com os casos crescentes de dengue, não somente em Feira de Santana, mas em todo o Brasil, está sendo comum a compra com mais frequência de repelentes nas redes de farmácias. Conforme o Acorda Cidade já divulgou, os casos fizeram aumentar a procura pelo produto na Princesa do Sertão.

O Programa Acorda Cidade convidou as gerentes farmacêuticas Juscimária Carneiro e Mariane Nunes, da Rede Farmácia Brito, para destacarem algumas curiosidades sobre o uso dos repelentes. Nesta reportagem, você vai entender melhor quais tipos de repelentes existem no mercado, recomendações, restrições e maneira correta de usar.

De acordo com Juscimária, os repelentes contém ativos que são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade | Juscimária Carneiro

“O repelente é um produto que contém ativos, sendo que podem ser três tipos, e que são liberados pela Anvisa, em que o odor ao ser aplicado na pele, acaba expulsando, faz com o que o mosquito não chegue até a pele e não ocasione a picada”, pontuou.

Segundo Mariane Nunes, o que difere cada tipo de ativo, é o tempo de duração na pele da pessoa.

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Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade | Mariane Nunes

“Nós temos hoje três repelentes que são mais comuns de serem encontrados nas farmácias. Tem o IR 3535, DEET e o Icaridina, sendo que o mais importante que a gente deve observar, é a questão do tempo de duração de cada um deles, mas lembrando que todos são aprovados pela Anvisa. Eles podem ser comercializados no formato de spray, loção ou gel. O Icaridina, por exemplo, é o mais comum, pois é um produto advindo da pimenta, então é um produto mais natural, não tão químico. Ele promove um tempo de ação maior, logo esta pessoa precisa reaplicá-lo poucas vezes durante o dia. Quando você tem um produto que precisa ser aplicado de quatro em quatro horas, é um período curto e as pessoas acabam esquecendo, é até um risco para a população, já o Icaridina tem uma duração maior, logo a pessoa passa poucas vezes durante o dia, pois ele pode ficar em ação até 10 horas”, explicou.

Restrições

Ao Acorda Cidade, Juscimária Carneiro informou que as restrições são voltadas apenas para bebês que tenham menos de dois meses de vida, e pontuou a forma correta como os pais devem passar os repelentes nas crianças.

“A restrição é somente para bebês abaixo de dois meses. Hoje o mercado já tem formulações para bebês acima dessa idade e não possui contra indicação, assim como não tem para idosos. Para estes bebês com menos de dois meses, o recomendado é utilizar barreiras físicas, como telas nas janelas e mosquiteiros. É necessário ter cuidado quando o repelente for spray, a mãe ou o pai quando forem aplicar, devem aplicar nas mãos e depois passar sobre a pele da criança e aguardar a secagem, mas nunca borrifar diretamente na pele da criança, pois pode atingir os olhos, a boca e também nunca colocar na mão da criança, pois ele pode levar essa mão até a boca. Para crianças, a gente costuma indicar a formulação em gel, pois seca mais rápido”, informou Juscimária ao Acorda Cidade.

Gestantes

Segundo Mariane Nunes, os repelentes mais indicados para as gestantes, são aqueles em que não há a necessidade de reaplicação em menor tempo.

“Diante de algumas dificuldades que a gente teve até um tempo atrás, inclusive no tempo da pandemia, todos os repelentes foram liberados para gestantes. Então a gente vai ter o DEET, hoje é são mai comuns o DEET pela questão do uso, da duração que vai de duas até 8 horas e o Icarindina, mas hoje com certeza, o Icaridina é um dos mais indicados pelos dermatologistas por essa questão da replicação”, disse.

As gerentes farmacêuticas também chamaram a atenção para a ordem correta de aplicação do repelente, caso a pessoa também utilize hidratantes.

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Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade

Segundo Juscimária, é ideal que o repelente seja sempre o último produto a ser aplicado na pele.

“O repelente pode ser utilizado junto com os hidratantes, com o protetor solar, mas lembrando que ele sempre será o último cosmético a ser utilizado. Por exemplo, a pessoa passou o hidratante, deixa secar por seca de 20 minutos e depois faz a aplicação do repelente”, concluiu.

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