O baixo índice de cobertura vacinal registrado em Feira de Santana é alvo de preocupação do Ministério Público Estadual (MPE), no município. A procura por vacinas já estabelecidas no Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde pode, inclusive, trazer de volta doenças que já foram erradicadas no país, a exemplo da poliomielite.
De acordo com o promotor de Cidadania, Audo Rodrigues, em seu discurso na Câmara Municipal de Vereadores, na manhã desta quarta-feira (21), a baixa procura pela vacinação não tem uma causa definida, porém ocorre com imunizantes que já existem no calendário há muitos anos e têm comprovação de eficácia.
“Nós temos ainda uma causa definida do que motivou essa baixa procura vacinal, de imunizantes que já existem no calendário há muitos anos. Inclusive, nunca houve questionamento sobre eventuais problemas que essas pudessem dar àqueles que se submeteram a elas. Passamos um período de pandemia e foi fato público e notório que algumas pessoas acabaram por desconfiar ou trazer mensagens negativas da vacinação, mas isso foi relacionado mais à questão da covid. Não houve qualquer tipo de discussão em relação às outras vacinas devidamente comprovadas. A grande preocupação nossa é que a gente não tem casos de poliomielite no Brasil há 34 anos, mas estamos com uma baixa cobertura vacinal para esta doença e podemos ter problemas em um futuro próximo com crianças que não estão sendo vacinadas.”
Ele destacou que sua participação na Câmara foi para conclamar os líderes políticos a incentivarem seus eleitores a comparecerem aos postos para atualizarem o calendário vacinal das crianças.
“Minha participação aqui na Câmara foi no sentido de que a gente conclamasse os representantes do povo em suas bases eleitorais, nos seus bairros, associações comunitárias, para que a gente motive e retome uma campanha de conscientização sobre as vacinas. O poder público municipal já tem conhecimento, e desde o ano passado estamos batendo nesta tecla. Não estamos tendo falta de vacinas no município, tivemos uma campanha recentemente em um Shopping da cidade e não alcançou um público significativo, então temos que correr por todos os lados e buscar essa conscientização”, enfatizou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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