Gabriel Gonçalves
Teve início hoje (8) e segue até o dia 26 de novembro, a segunda etapa da pesquisa para identificar indivíduos assintomáticos da Covid-19 em áreas de grande circulação de pessoas em Feira de Santana.
A ação está sendo realizada por pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
Em entrevista ao Acorda Cidade, a coordenadora da pesquisa e professora doutora da Uefs, Erenilde Marques de Cerqueira, informou que a primeira etapa da pesquisa realizada entre os dias 8 de abril à 18 de maio, identificou cerca de 14% da população assintomática, quando o previsto, seria de apenas 5%.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Nós esperávamos encontrar 5% de pessoas positivadas, mas que eram assintomáticas, porém encontramos um percentual de 14%, e por isso, estamos nesta segunda etapa, porque queremos identificar como a Covid-19 está se manifestando agora depois da campanha de vacinação em grande parte da população. Iremos testar aquelas pessoas que já estão vacinadas, então pedimos que as pessoas tragam a carteira de vacinação, para que nossa equipe tenha a ciência de quantas doses essa pessoa já tomou, qual o fabricante e identificar como o vírus está se comportando depois da vacina", explicou.
De acordo com a enfermeira referência do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância e Saúde (Cievs), Neuza Santos, outro objetivo da pesquisa, é identificar se ainda existem variantes da Covid-19 circulando em Feira de Santana e qual está presente.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Estamos nessa segunda etapa para identificar qual o perfil epidemiológico da circulação viral em relação a Covid-19, ou seja, qual o vírus que está circulando, se ainda temos uma persistência da Delta, que é a P1. Estaremos nesse momento inicial aqui no Centro de Abastecimento durante toda a semana, depois iremos para o estacionamento em frente à prefeitura e na terceira semana, nossa equipe estará presente na praça do bairro Tomba, porque o nosso objetivo é justamente este, coletar os dados destes portadores assintomáticos e identificar quais variantes estão circulando em nosso muncípio", afirmou.
Com relação ao resultado dos exames que são coletados, o prazo de entrega é de no mínimo dois dias. Segundo a enfermeira, em caso positvo, toda comunicação será feita com o paciente no âmbito de monitorar o vírus.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Nós estamos fazendo o exame do PCR que é padrão ouro para a Covid-19. Esse teste leva em média dois a três dias para ser processado, porque encaminhamos as amostras para o Lacen, que é o Laboratório Central da Bahia, através da Secretaria Municipal de Saúde. Todas as pessoas que passam por aqui, nós coletamos os dados, principalmente o número de contato, porque em caso positivo, a gente faz este rastreamento para quebrar essa cadeia da transmisão", concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade