Prevenção da Gripe A será prioridade no carnaval

A estrutura que está sendo montada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para o atendimento aos foliões durante o Carnaval, é composta por 15 unidades, sendo 13 diretamente nos circuitos – sete entre Barra e Ondina, cinco na região da Avenida Sete e um no Centro Histórico. O posto específico para casos de H1N1 (gripe A) e outras síndromes febris, como dengue e meningite, ficará no estacionamento da Fonte Nova, junto com uma unidade para atender casos de intoxicação por álcool.
 

Aberto 24 horas, cada posto irá contar com uma equipe por turno, oscilando entre três e cinco médicos – com a proporção de um enfermeiro para cada dois médicos e três técnicos por enfermeiro. O número de leitos varia de oito a 18, por unidade, sendo um deles isolado numa sala de parada cardíaca, com suporte de um desfibrilador (aparelho para reanimação).

A coordenadora de urgência e emergência da SMS, Nair Amaral, diz que a estrutura do posto e o número de profissionais varia em função da demanda – as equipes são reforçadas em locais onde, pelo histórico de outros anos, tem sido registrado maior atendimento. É o caso do Shopping Barra e da Av. Sabino Silva (Ondina), onde cada posto terá 18 leitos. No ano passado, foram registrados 8.300 atendimentos nos circuitos.

“A gente tenta fazer um cinturão de proteção da saúde pública no espaço do Carnaval”, explica Nair. Ela acrescenta que cada unidade terá uma ambulância Samu de prontidão, totalizando 15. Além delas, cinco ambulâncias UTI farão a retaguarda e haverá duas equipes móveis de cirurgiões de face, que irão se deslocar pelos circuitos em motocicletas ou carros administrativos próprios da SMS. 

No espaço para H1N1 haverá um infectologista, dois enfermeiros e três técnicos por turno. Casos suspeitos de síndromes febris nos outros  postos serão encaminhados para a unidade específica da Fonte Nova. A regulação é feita por telefone, e o paciente encaminhado pelo Samu. “Mas o posto não é lugar para fazer um diagnóstico definitivo. Se a suspeita for confirmada, o paciente é regulado para um hospital de referência, como o Couto Maia e o Octávio Mangabeira”, diz Nair.

Apesar da estrutura planejada, a sanitarista da SMS Lucélia Magalhães explica que o município não aposta em um surto de Gripe A depois do  Carnaval. “Não se trata de uma epidemia real que esteja se aproximando, é uma possibilidade. Mas, a gente vai se preparar, pois há chance de casos isolados. É preciso estar atento, pois vem muito turista de fora do País“, diz.

Nair Amaral chama a atenção de que a doença está se tornando tão comum quanto a gripe normal, a chamada influenza sazional. Ela diz que não é só o contato físico que promove o contágio; o vírus pode ser passado por meio de gotinhas da respiração, que flutuam, invisíveis aos olhos (perdigoto). “Não é só no Carnaval, sempre que existem aglomerações, há chance de pegar doenças”.

Terceirizados

Dos profissionais de saúde que atuarão na folia, os médicos, por não existirem em quantidade suficiente, são terceirizados, enquanto enfermeiros e técnicos são deslocados da própria rede. Nair Amaral explica que os servidores, que já atuavam em postos de urgência e emergência na capital, foram escolhidos por seleção interna e classificados por nota.

Enfermeiros e técnicos já tiveram uma primeira capacitação, com aulas teóricas e práticas, e passarão pela segunda no próximo dia 5. Eles são treinados em primeiros socorros e doenças infecciosas. Já os médicos são provenientes da empresa Semeg, vencedora de um processo licitatório. É a mesma que prestou o serviço no Carnaval passado, tendo o contrato renovado com autorização da Procuradoria do Município.

Informações do A Tarde

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