Williany Brito
Enfermeiras, técnicas de enfermagem, fisioterapeutas, técnicos administrativos, dentre outros profissionais, contratados pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana, foram demitidos. No total, 108 funcionários, que prestavam serviços ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGC), não vão precisar voltar ao trabalho a partir desta quinta-feira (25). Em entrevista ao ACORDA CIDADE, o deputado Zé Neto afirmou que a unidade hospitalar pode parar caso não seja revista as demissões feitas pelo prefeito Tarcízio Pimenta.
A medida visa uma economia no caixa da prefeitura, que vem tendo dificuldades para honrar compromissos financeiros. Segundo o deputado estadual Zé Neto, uma reunião está marcada para esta quinta-feira, entre o prefeito e secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, com objetivo de tentar rever as demissões, que aconteceu um dia após o vereador Roberto Tourinho (PSB) afirmar na Câmara Municipal de Vereadores que a prefeitura estava “falida”.
O deputado disse, ainda, que se deve dá prioridade as áreas que mais necessitam, como a saúde pública. “Uma grande parte do hospital vai ficar sem funcionar. Não se pode tirar funcionários de uma escala que já é muito apertada. Não se pode de uma hora para outra demitir tantas pessoas”, analisou Zé Neto, que salientou que sem os profissionais, o a unidade pode vir a parar de funcionar.
“Nós do Estado estamos a disposição de Tarcízio para que possamos encontrar uma saída. Essa situação do Clériston é gravíssima. Se não resolver, com certeza vamos ter dificuldades, pois não vamos poder, de uma hora para outra, contratar 108 pessoas”, afirmou, ainda, em entrevista.
Intervenção administrativa para HGCA
Intervenção administrativa para Hospital Geral Clériston Andrade – HGCA, em Feira de Santana. É o que sugere o médico nefrologista e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), César Oliveira, em uma carta que será enviada ao secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla. Em entrevista ao ACORDA CIDADE, nesta terça-feira (22), o professor afirmou que “existem deficiência que vem repercutindo na qualidade do ensino da residência médica”.
Segundo ele, a carta tem um tom “eminentemente técnico”, por conta das atividades exercidas no Clériston: a de professor da residência médica e do internato do curso de medicina da Universidade. O professor afirma que o objetivo é resgatar as condições de atendimento da unidade hospitalar.