O prefeito municipal de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, decretou nesta sexta-feira (21), o Estado de Emergência por Arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika) e de Alerta Epidemiológico Máximo, no município, por conta da quantidade de casos de dengue registrados neste ano. O município tem quase mil casos confirmados da doença, que já provocou quatro mortes.
O decreto foi publicado em edição extra do diário oficial do município e anunciado durante uma live, com apresentação de ações de enfrentamento à doença, que foi transmitida no canal da prefeitura.
Também participaram da live a secretária de Saúde, Cristiane Campos, o secretário de Serviços Públicos, Eli Ribeiro e a chefe de Divisão de Controle Epidemiológico, Carlita Correia, além da coordenadora do Programa de Endemias, Sintia Sacramento.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o prefeito Colbert Martins informou que a situação é grave, assim como aconteceu em 2019.
“No ano de 2019 nós tivemos uma epidemia aqui em Feira de Santana, depois no ano de 2020, já tivemos uma epidemia de Covid-19, e agora nós voltamos a ter casos máximos previstos para esse período do ano. Já estamos com quase mil casos, a previsão era que não chegasse por agora, seria lá para o mês de novembro, mas aconteceu. Portanto, o nosso risco é grande, já tivemos quatro óbitos, pessoas que morreram por dengue hemorrágica, e que nos obrigou a tomar uma decisão de decretar o estado de emergência epidemiológica. Já estamos comunicando ao governo federal para que nós possamos ter capacidade de enfrentar essa situação e evitar novas mortes”, afirmou.
De acordo com a secretária de Saúde, Cristiane Campos, quase 20 mil capas para tampar caixas e tanques de água, já foram distribuídas em Feira de Santana.
“Nossos esforços estão direcionados exatamente para o combate à proliferação do mosquito da dengue. Os profissionais já foram capacitados para atender bem o paciente que já entra na unidade fazendo o hemograma. Estamos expandindo os locais para realização desses testes para que a população tenha o melhor acesso e mais facilidade. Já estamos distribuindo as capas para tanques e caixas d’água, já foram entregues cerca de 20 mil unidades e já estamos recebendo o apoio do governo do estado, que está nos enviando quatro veículos, o chamado carro fumacê. Lembrando que existem duas fases da dengue, primeiro a larva que fica em vasos de plantas, vasilhas, e depois já a fase adulta que é o mosquito”, informou.
A secretária aproveitou para enfatizar o trabalho que é feito pelos agentes.
“Aqui eu quero agradecer pelo papel que estes profissionais estão realizando, estão intensificando as atividades, é uma parceria, uma colaboração muito grande e os agentes de endemias vem desempenhando esse papel muito bem. Estão indo nas casas das pessoas, pedem que a população faça a sua parte, e sempre fazendo as recomendações como não deixar água parada, vasos de plantas, garrafas e pneus”, concluiu.
SINTOMAS
Conforme informa o Ministério da ]saúde, os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta > 38°C;
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
- No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele.
Também podem acontecer erupções e coceira na pele. Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
SINAIS DE ALARME
Os sinais de alarme são caracterizados principalmente por:
- Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
- Hipotensão postural e/ou lipotímia;
- Letargia e/ou irritabilidade;
- Hepatomegalia maior do que 2cm abaixo do rebordo costal;
- Sangramento de mucosa;
- Aumento progressivo do hematócrito.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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