Planserv afirma que não há limite para atendimentos de emergência, mas pacientes relatam dificuldades

Na semana de 13 a 17 de janeiro, o Acorda Cidade recebeu diversas reclamações de beneficiários do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv) sobre dificuldades no atendimento na rede hospitalar de Feira de Santana, tanto para atendimentos de emergência quanto para a realização de consultas para exames.

A maioria relatou que o atendimento médico foi suspenso no Hospital Emec durante o período. No entanto, o referido hospital divulgou um comunicado negando a suspensão e afirmando que continua atendendo os beneficiários.

Um dos relatos enviados ao Acorda Cidade dizia:

“Eu precisei de atendimento de emergência pelo Planserv em Feira de Santana e fiz uma verdadeira peregrinação. No Emec, me informaram que o atendimento do Planserv estava suspenso. No HTO, que agora é o Vida Nobre, não há atendimento de emergência clínica, apenas ortopedia pelo Planserv. O Hospital São Matheus foi o único onde consegui atendimento, mas estava superlotado. Vi pacientes internados sentados em cadeiras. Fiquei cerca de sete horas no hospital, fiz os exames e saí tarde, mas, logo depois, à noite, o hospital fechou as portas para os atendimentos do Planserv. Vi pacientes chegando e sendo orientados pelo porteiro a voltar.”

Planserv diz que não há limites para os atendimentos de urgência e emergência

Diante das reclamações, o plano de saúde se pronunciou acerca do atendimento, por meio da assessoria da Secretaria de Comunicação do Governo do Estado. Os beneficiários, por sua vez, mantêm, a narrativa de problemas de atendimento. Não conseguem receber a assistência adequada do plano.

Na segunda-feira (27), a coordenadora-geral do Planserv, Socorro Brito, afirmou que não há teto orçamentário que limite os atendimentos de urgência e emergência nos hospitais que atendem à rede credenciada para os servidores. Isto significa, segundo eles, “que nenhum beneficiário deixará de ser atendido se precisar ir urgentemente buscar atendimento médico nos hospitais que atendem o Planserv”.

“A gente salva as pessoas todos os dias e paga todos estes atendimentos mesmo quando eles excedem o orçamento destinado àquela unidade”, explicou.

O mesmo acontece para as consultas médicas de todas as especialidades que são solicitadas e agendadas em consultórios, clínicas e hospitais, a partir da necessidade do servidor público estadual. Ela explicou que não há impedimentos de agendamento do atendimento médico especializado por conta do orçamento público, mesmo que ultrapasse o limite de 12 consultas ao ano.

“Às vezes as pessoas reclamam que só conseguem marcar uma consulta para dali a dois meses ou mais, mas essa limitação é da agenda do profissional médico ou do prestador de serviço, e não do Planserv”, esclareceu Brito, acrescentando que o paciente pode conseguir uma consulta mais rápida em outra unidade médica credenciada se não quiser esperar.