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O uso de método contraceptivo de emergência pode estar associado ao aumento de doenças sexualmente transmissíveis em jovens menores de 18 anos. A conclusão é de uma pesquisa realizada na Universidade de Notthingham, que usou dados de autoridades de saúde locais para estudar o impacto da pílula do dia seguinte – disponível em farmácias sem necessidade de prescrição médica – em adolescentes.
A pesquisa mostra que, na média, áreas que adotaram o procedimento de vender pílulas a menores de 18 anos sem prescrição tiveram um aumento de 5% na taxa de DSTs – em meninas com menos de 16 anos o índice chega a 12%. O estudo revelou também que o regime de uso de pílulas do dia seguinte pode estar associado com um pequeno aumento no número de jovens que ficaram grávidas.
Os pesquisadores de Notthingham, que são economistas, estudaram também a hipótese de que o fornecimento de pílulas do dia seguinte a adolescentes poderia levar a um aumento no comportamento sexual de risco, proporcionando, assim, maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis no grupo em estudo.
Para medir a incidência de DSTs em adolescentes, foram consultados diagnósticos das principais doenças em diferentes clínicas ginecológicas, que foram comparados com um grupo de mulheres com mais de 24 anos e que não tiveram acesso aos métodos contraceptivos de emergência. Em ambos os grupos, houve um aumento na taxa de DSTs – o índice entre as menores de 18 anos, porém, cresceu mais rápido.
Os pesquisadores alertam ainda que os dados mostram apenas os diagnósticos de clínicas médicas, menor do que o total de infecções e doenças que podem ser assintomáticas ou não identificadas. As informações são da Folha Online