Vacina Covid-19

Pela primeira vez, Feira de Santana recebe 7.350 doses da vacina Pfizer

De acordo com o coordenador no Núcleo Regional de Saúde, o intervalo entre a primeira e a segunda dose, segue o mesmo fluxo da vacina Oxford/AstraZeneca.

Gabriel Gonçalves

O município de Feira de Santana recebeu na noite de ontem (18), 7.350 novas doses da vacina Pfizer, mas as mesmas ainda não foram entregues à secretaria municipal de Saúde.

Em entrevista ao Programa Jornal das Duas, na Rádio Sociedade News nesta quarta-feira (19), o coordenador do Núcleo Regional de Saúde (NRS), Edy Gomes, explicou que estas novas doses não seriam destinadas ao município, mas por conta da proximidade o Núcleo solicitou da Secretaria Estadual de Saúde e o pedido foi aceito.

"Nós fomos pegar estas vacinas ontem à noite em Salvador. A princípio, essas vacinas seriam apenas para a capital e região metropolitana de Salvador e os dois Núcleos solicitaram da Sesab, por conta da proximidade, como a Região Nordeste ali de Alagoinhas e Cícero Dantas e o Centro Leste, aqui de Feira de Santana e Serrinha, reivindicamos essas doses e fomos contemplados ontem à noite mesmo e fomos buscar sob escolta, como de costume", explicou.

De acordo com o coordenador, não existe nenhum tipo de dificuldade em repassar os imunizantes para o município, porém estas novas doses que chegaram em solo feirense necessitam de um acondicionamento especial, diferente das vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca.

"Não existe nenhum tipo de dificuldade, ainda mais para o município no qual eu resido, criei meus filhos. O que existe é uma desinformação por parte da gestão do município, que não procura se informar tecnicamente ou não dar ouvidos á equipe técnica e continuam dando declarações sem nenhum tipo de conhecimento, sem conteúdo técnico. Essa vacina requer uma questão bem específica, bem peculiar, com uma temperatura a – 70 °C, que é o que o fabricante determina. Após a retirada da caixa que vem dentro da aeronave, ela precisa dentro de cinco minutos ser colocada dentro do ultrafreezer e, depois disso, não pode ser mais colocada em outro equipamento, precisam ser descongeladas, ficando em uma temperatura positiva de 2 a 8 °C e dentro de 5 dias, já diluídas, precisam ser aplicadas", destacou.

O coordenador informou que está aguardando a equipe técnica da secretaria de Saúde para repassar todas as orientações e saber quantas doses serão retiradas por dia no Núcleo.

"Estamos aguardando o município para realizar uma reunião e repassar todas as orientações e verificar qual a quantidade que será resgatada aqui no Núcleo todos os dias, porque eu acredito que o município não tem condições de pegar todas as 7.350 doses. Caso eles tenham essa disponibilidade de pegar todas as doses para serem aplicadas, a responsabilidade cabe ao município, mas será preciso uma declaração da coordenação da vigilância epidemiológica da cidade, se é que existe, para que venha, sente aqui com a gente e possamos discutir como será a logística desses imunizantes", afirmou.

Ainda de acordo com Edy Gomes, o intervalo entre a primeira e a segunda dose, segue o mesmo fluxo da vacina Oxford/AstraZeneca.

"O intervalo entre a primeira e a segunda dose vai respeitar o mesmo tempo da Oxford/AstraZeneca, na média de três meses, que na realidade são 84 dias. Essa informação está no manual, é um tempo bastante largo, para que as pessoas possam garantir a segunda dose. No entanto, recomenda-se também que o município reserve a segunda dose para assegurar a eficácia da imunização das pessoas", concluiu. 

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