Animais Domésticos

Passear com os pets pode fazer parte de uma rotina saudável para o animal

A veterinária, Bianca Gonçalves, explicou que mesmo no inverno é importante passear com os animais domésticos, tomando alguns cuidados. 

mulher passeando com cachorro
Foto: Drobotdean/Freepik

O cuidado com os animais é necessário em todas as estações do ano. Você já pensou que seu pet pode ficar estressado? Passear com pets é um dos hábitos importantes para saúde física e mental dos bichinhos, além das necessidades básicas de uma boa alimentação e uma higiene regular. A médica veterinária, Bianca Gonçalves, trouxe informações que ajudam os tutores a promover a qualidade de vida dos seus pets através de práticas rotineiras como a atividade física.

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“As atividades físicas vão reduzir estresse, trazer benefícios direto para a saúde, como diminuição de doenças cardiovasculares, diminuição da obesidade, além da socialização dos animais mediante que ele vai ter contato com humanos, com outros animais e a estimulação também mental, que ele vai ter contato com novos cheiros, novos sons, além de prevenir comportamentos destrutivos”, explicou.

Médica veterinária -
Bianca Gonçalves | Foto: Arquivo Pessoal

E no inverno, é recomendável passear com os animais?

Ao Acorda Cidade, a veterinária explicou que sim, respeitando algumas indicações, principalmente para animais com menor pelagem. Você sairia descalço na chuva, no frio ou no gelo? É importante ressaltar que os pets são seres vivos que sentem, que se machucam, por isso, todos esses cuidados, seja no verão, com o calor em excesso ou no frio, são necessários para a saúde do seu animal.

“Precisa usar uma roupa adequada, se for um tempo que está chovendo, a gente tem que tomar cuidado com as patinhas para evitar alguns tipos de lesões de pele e dermatites, e se for um local que esteja fazendo muito frio a gente precisa também utilizar alguns sapatos para prevenir algumas queimaduras secundárias ao gelo”, pontuou.

Assim como os humanos, os animais podem ficar resfriados com a alteração e as baixas temperaturas. Eles podem diminuir o sistema imunológico e ficar suscetíveis a doenças virais, bacterianas, doenças únicas que acometem o sistema respiratório.

Alguns animais têm medo de sair de casa, não gostam de passear em público ou de muita gente por perto. Sobre esses casos, Bianca Gonçalves explicou que o acompanhamento do bichinho com o veterinário é o que vai trazer uma melhora da sociabilidade desse pet.

Bianca Gonçalves
Bianca Gonçalves | Foto: Arquivo Pessoal

“O animal que está extremamente estressado e tem muito medo a gente precisa iniciar os passeios em momentos que tenham poucas pessoas e poucos animais naquele ambiente, porque o estímulo tem que ser gradativo, além disso, fazer o reforço positivo toda vez que aquele animal ele se sente confortável ao entrar em um ambiente a gente vai reforçar, seja com um carinho, uma palavra de conforto, um petisco. Além disso, quando são casos mais severos a gente precisa de um apoio médico porque podemos entrar com alguns fármacos, algumas medicações para auxiliar a diminuição desse medo e, além disso, alguns adestradores, que são profissionais que podem ajudar também a auxiliar no seu comportamento”, indicou a médica em entrevista ao Acorda Cidade. 

De acordo com a veterinária, a falta de passeio, de uma atividade física do seu pet pode alterar toda a composição familiar, porque ele pode ficar mais irritado, agressivo e acabar danificando a casa, mastigando objetos que não são dele. O animal também vai latir mais, vai se estressar com facilidade, vai subir nas pessoas e arranhar e vai ter comportamentos repetitivos, um exemplo ficar rodando no próprio eixo.

“Tem animais que tem um drive alto, que tem uma energia muito elevada. Como eles necessitam de atividades diárias muito maiores do que animais que tem uma energia menor, um Spitz, um Poodle e aí a gente precisa primeiro avaliar o comportamento do animal, a raça que a gente tem e adequar aos tipos de passeios e exercícios. Tem animais que não só a gente precisa passear, mas precisa correr, quando são aqueles animais de pastoreio, porque a gente precisa gastar demais essa energia dele”, explicou.

Cachorro na praia
Foto: Freepik

Como realizar passeios seguros?

Primeiramente é preciso utilizar uma coleira de identificação para evitar que se esse animal fuja, e as pessoas possam identificar ele. Utilizar equipamentos adequados ao pet também é essencial para o seu conforto, nem apertado demais, nem folgado também.

“Além de todas essas recomendações, existem indicações médicas como coleiras antiparasitárias, uso de medicações para prevenir pulgas e carrapatos e, a vermifugação sistemática, para evitar que o animal pegue verminoses durante o passeio”, orientou.

Bianca ainda destaca que animais de grande porte devem fazer o uso da focinheira. Ela também ressalta que esse é um equipamento de segurança muito importante que todo cachorro poderia usar, já que ele traz mais segurança na hora de conter o animal, mas também para as pessoas em volta.

Bianca Gonçalves
Bianca Gonçalves | Foto: Arquivo Pessoal

Todo mundo precisa se movimentar, até as plantas balançam com o vento, portanto, o seu animalzinho também precisa agitar o corpo regularmente, mas antes de iniciar uma atividade física é importante saber se ele tem algum problema de saúde, de coração, que o médico veterinário deve fazer os ajustes. Por isso, se for iniciar algum exercício, comece com caminhadas que já estão de bom tamanho.

“A gente precisa ajustar o tipo de passeio mediante a raça do animal e as suas peculiaridades. Se é um animal saudável, se ele tem algum tipo de doença, a gente vai ajustar. Além disso, precisamos ajustar o horário do passeio. Feira de Santana é uma região extremamente quente, então a gente deve passear no início da manhã até umas 9h e a partir das 17h. Sempre levar a hidratação do animal e também verificar se ele é um animal mais arredio, precisam usar uma coleira, um peitoral e assim proteger o animal e o tutor. Também tomar muito cuidado com a respiração do animal braquiocefálico, que são aqueles animaizinhos com focinho achatado, porque na medida que aquele animal vai respirando mais, a gente tem que diminuir esses passeios”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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