Data instituída pela Lei nº 11.605/2.007 com o objetivo de conscientizar à população do Programa Nacional de Triagem Neonatal e da realização de um teste capaz de identificar doenças para todos os recém-nascidos, nesta quinta-feira (6), comemora-se o Dia Nacional do Teste do Pezinho.
Logo quando um bebê nasce, a família é recomendada a realizar o teste do pezinho. Mas, qual a sua finalidade? quais doenças podem ser identificadas através do teste? Sobre essas e outras dúvidas, o Acorda Cidade conversou com a médica pediatra Bruna Dourado.
Inicialmente, a médica pediatra destacou que o teste do pezinho é um nome popular dado à coleta de sangue de recém-nascidos que pode identificar distúrbios metabólicos ou doenças.
“O teste do pezinho faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal. Ele é um teste que identifica distúrbios metabólicos e doenças que podem ser assintomáticas nos primeiros anos, nos primeiros dias de vida do bebê. Ele é coletado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, porque se coletar antes pode dar alteração”, disse.
Por que o diagnóstico precoce é importante?
O diagnóstico precoce de doenças existentes no bebê pode facilitar no tratamento adequado e não afetar o desenvolvimento deste público. Segundo Bruna Dourado, é de suma importância a conscientização dos pais na realização deste exame.
“O objetivo, como eu disse, é investigar diversas condições médicas que podem trazer risco à saúde da criança. O ideal é ter um diagnóstico precoce dessas doenças, porque pode proporcionar um tratamento mais adequado, evitando problemas no desenvolvimento do bebê. Então todos os pais têm que ter consciência da importância desse teste, que quanto mais cedo o diagnóstico é, melhor e mais rápido é o tratamento”, afirmou.
Quais são as principais doenças identificadas?
Várias doenças podem ser identificadas com o teste do pezinho. Além de evidenciar quais são essas doenças, a médica pediatra também reforçou o período que o teste do pezinho deve ser realizado, entre os primeiros dias de vida do bebê.
“São a fenilcetonúria, a hipotireoidismo congênito, e hiperplasia adrenal congênita, anemia falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase, toxoplasmose, galactose, aminoácido e deficiência de 16PD. Por isso, a gente orienta, na saída da maternidade, a consulta com pediatra na primeira semana de vida, porque a gente pode avaliar o resultado de todos os testes de triagem neonatal e o teste do pezinho está incluso nessa avaliação. O exame pode ser feito em qualquer laboratório com profissionais da área de saúde”, contou.
Como funciona a coleta?
Conforme a médica pediatra, o teste do pezinho, como o nome mesmo diz, é feito através da coleta de sangue no calcanhar do bebê. Mas, atualmente, a coleta também pode ser feita na região do braço.
Bruna Dourado finalizou ainda destacando que o exame pode ser feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou de forma particular, a depender do critério dos pais.
“Então, por que a gente escolhe o calcanhar do bebê? Porque é uma região rica de vascularização de sangue, então fica melhor, e hoje ele também pode ser coletado direto no sangue, no bracinho. São detectadas de 6 a 50 doenças no teste do pezinho. No SUS ele tem um teste simples e no particular já tem um teste ampliado”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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