Saúde

Pandemia fez aumentar registros de mortes por doenças cardiovasculares, diz especialista

A maioria dos pacientes que enfartam é do sexo feminino acima dos 50 anos e homem acima dos 60 anos.

Laiane Cruz

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o número de mortes por doenças cardiovasculares cresceu até 132% no Brasil durante a pandemia.

Uma das razões para esse aumento pode estar no medo dos pacientes em buscar atendimento, por conta da covid-19.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a cardiologista Tais Macruz, que atua em hospitais de Feira de Santana, os primeiros 20 minutos após o paciente apresentar os sintomas são cruciais e exigem atendimento médico.

“Nessa época da pandemia o que tem acontecido é que tem aumentado o número de registros de mortes por doenças cardiovasculares. O fator principal é que as pessoas têm procurado menos o atendimento. Elas sentem o sintoma e por medo da covid deixam de ir ao hospital para serem atendidos no primeiro momento. E o infarto tem que ser atendido nos primeiros 20 minutos. Mais que meia hora, o paciente perde o músculo cardíaco”, explica a cardiologista.

Conforme a especialista, o infarto é a perda de uma parte do músculo cardíaco, e os sintomas principais podem ser dor no peito e a falta de ar.

“O coração é um músculo, e o infarto é a perda funcional de um pedacinho desse músculo. O principal sintoma do infarto é a dor no peito, e o clássico é que irradia para o braço, podendo também ir para a mandíbula, mas principalmente o braço esquerdo e falta de ar.”

A maioria dos pacientes que enfartam é do sexo feminino acima dos 50 anos e homem acima dos 60 anos. Alguns fatores podem contribuir para o problema. São eles a pressão alta, diabetes, colesterol alto, obesidade, sedentarismo e o tabagismo.

“O estresse pode ser também um dos causadores de problemas cardíacos. Ele faz com que você coma mal, durma mal, se cuide de uma maneira mais displicente, fume mais, beba mais, então sem dúvida é um fator de predisposição para doenças cardiovasculares. No infarto, a primeira causa de morte é a falência cardiovascular, então o coração para de bater de uma maneira eficiente e morre. Mas pode acontecer também por arritmia, insuficiência cardíaca ou outros fatores”, destacou.

Para controlar o infarto, segundo a cardiologista Taís Macruz, o padrão ouro é realizar a hemodinâmica, fazer o cateterismo e abrir a artéria. “Agora para prevenir o infarto, é preciso tratar bem as doenças de base”, ressaltou a médica ao Acorda Cidade.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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