Pais de pacientes protestam na recepção do HEC por não conseguirem agendar cirurgias

^{Laiane Cruz}

Na manhã desta quarta-feira (3), pais de pacientes que buscam a marcação de cirurgias no Hospital Estadual da Criança (HEC), se indignaram e protestaram na recepção da unidade hospitalar, por conta do atendimento prestado no local.

De acordo com o eletricista Edvaldo Lima Silva, já tem três meses que ele tenta marcar a cirurgia do filho por telefone e não consegue. Hoje, ele esteve no hospital, pois foi informado por funcionários de que a marcação seria presencial, porém chegando lá ficou sabendo que seria somente através da central telefônica.

Foto: Maylla Nunes/ Acorda Cidade

“Tenho três meses aqui tentando marcar uma cirurgia e não consigo resposta. Quando atende aqui já manda direto para a central de marcação. Já fiquei até uma hora e meia aguardando na ligação até cair. Meu filho está com um pedido de urgência do posto do bairro, fomos na Secretaria e deram o contato do telefone do Hospital da Criança. Você liga e não atende. Aí fiquei sabendo que seria presencial, quando cheguei aqui disseram que era por telefone. Já perdi dois dias de trabalho, pois sou eletricista”, reclamou.

Outro pai que se revoltou com a situação, Anderson Almeida disse que já completou um ano tentando agendar um procedimento e também não consegue.

Foto: Maylla Nunes/ Acorda Cidade

“Tem um ano eu tentando marcar uma cirurgia para a criança, que está necessitando, sofrendo em casa, e a gente tentando por telefone e não consegue de maneira alguma. Na segunda-feira, eu estive aqui, e a moça falou que era ponto facultativo, que era para vir hoje, que iria marcar presencialmente. Chegamos aqui e tem várias famílias, desde as 3h da madrugada, e até agora não tem uma explicação e ninguém chegou pra dar uma solução. Depois que a gente se manifestou e ameaçou chamar a imprensa, eles colocaram um cartaz que é só através de telefone e nós estamos ligando aqui e eles não atendem”, relatou.

Foto: Maylla Nunes/ Acorda Cidade

Moradora da cidade de Inhambupe, Crispina Santos Pinheiro informou que a filha faz tratamento no local desde 2011, mas toda vez que precisa fazer a marcação enfrenta dificuldades.

“De uns cinco anos pra cá, os ramais de telefone que eles deram não estão atendendo. Todo dia de marcação está tendo isso, não é a primeira vez que acontece.”