Saúde

Pacientes do SUS reclamam que não conseguem realizar ressonância magnética em Feira

Devido à falta do equipamento no Clériston e no Incárdio, uma paciente com problemas cardíacos só pôde realizar uma radiografia e um eletrocardiograma

Laiane Cruz e Ed Santos

Pacientes que necessitam realizar exames de ressonância magnética por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), em Feira de Santana, estão encontrando dificuldades. Isto por que as máquinas disponíveis no município para este tipo de exame: uma no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e outra no Instituto Nobre de Cardiologia (Incárdio), que administra o Hospital Dom Pedro de Alcântara, estão quebradas.

De acordo com o auxiliar de escritório Miguel Ferreira de Souza Filho, uma amiga da família, chamada Brígida, deu entrada no HGCA com suspeita de problemas gástricos. No entanto, os médicos constataram que ela sofria com problemas cardíacos e, após horas aguardando em uma poltrona do hospital, foi internada na semi-UTI.

(Foto: Ed Santos| Paciente Brígida)

Ele informou ainda que  no HGCA não tem aparelho de ressonância magnética e no Incárdio, o aparelho está quebrado.  Miguel disse que o hospital deu entrada nos papeis da regulação a fim de que Brígida fizesse o exame em Salvador, mas por falta de leitos, até o momento a paciente não transferida.

“Com muito custo receberam (o HGCA) um pedido do Ministério Público, para tomarem providências, e até agora não foi feito nada, e estão ameaçando agora tirar ela da semi-UTI, sendo que ela está tendo paradas seguidas”, afirmou Miguel Filho.

O Incárdio confirmou que a máquina de ressonância magnética está quebrada, mas que solicitou um novo equipamento que está vindo do exterior.

Outros problemas

Um morador da cidade de Brejões, Gildo Andrade, informou também ao Acorda Cidade na manhã de hoje, que a sogra dele, Elenita Alves, precisou ser internada no HGCA, por conta de uma parada respiratória.

Ele, porém, denunciou as péssimas instalações da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da instituição, denominada por ele “sala vermelha”, onde a sogra ficou internada juntamente com outros pacientes. Segundo Gildo, havia muita sujeira no espaço.

“Lá é um absurdo, uma coisa desumana. Muito lixo, todo tipo de paciente. Colocaram ao lado da minha sogra um com quadro de cirrose que vomitou em cima dela. Um mau cheiro horrível”, disse.

Segundo Gildo, a sogra está cinco dias na UTI, mas foi informado que o tempo máximo é de sete. O hospital conseguiu fazer a regulação da paciente para uma unidade de Salvador, mas por falta de vagas, ela ainda permanece em Feira de Santana.

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