Pacientes obstétricas que estavam aguardando atendimento nesta quinta-feira (16), no Centro Municipal de Diagnóstico por Imagem (CMDI) reclamaram da demora na realização do serviço.
De acordo com marido de uma das pacientes gestantes, Felipe Viana, a esposa chegou ao local por volta das 12h30 para uma ultrassom de urgência, mas até por volta das 14h30 não havia sido atendida.
“Estamos aqui neste lugar, que é esquecido pela prefeitura. A minha esposa está aqui com sangramento, assim como outras pessoas também. Tem grávida aqui desde as 11h, e a prefeitura abandona a gente. Só colocaram a gente neste lugar refrigerado aqui agora, quando souberam que a imprensa estava vindo, porque tem muita gente aqui dilatada, pronta para ter a criança, e a prefeitura simplesmente, que é o poder executivo, tem que vir dar uma resposta para isso aqui. Não pode estar da forma como está”, afirmou.
Bruna Isabel, esposa de Felipe Viana, confirmou que foi encaminhada à unidade pelo Hospital da Mulher disse que quando chegou ao local ainda tinha pacientes do dia anterior recebendo atendimento.
“Estão atendendo as mães de ontem. E as de hoje, que estavam no Hospital da Mulher, que foram enviadas para cá para fazer ultrassom ainda será mais tarde e não sabem como vão atender. Estou com sangramento e lá eles não querem internar, não dão posição nenhuma. Estou desde cedo sangrando, com meu vestido sujo, e me mandaram para cá. Cheguei ao Hospital da Mulher por volta de 8h, e as outras mães que estavam no Hospital da Mulher da manhã vieram todas para cá. Estivemos ontem aqui, mas a médica não veio, e estão sendo atendidos primeiro os de ontem, e os de hoje só para mais tarde”, explicou.
Outra paciente gestante, Flávia Santos Silva, moradora de Amélia Rodrigues, informou que também foi encaminhada sentindo dor pelo Hospital da Mulher.
“Lá eles me deram uma injeção para não sentir dor, para não parir e mandaram vir para cá para fazer a ultrassom, porque lá não está fazendo. As grávidas estão indo para lá, e eles dão injeção para a gente não sentir dor e mandam para cá; Estou com 40 semanas, estou sentindo contrações. O médico chegou às 15h.”
Segundo Claudia Miranda Medeiros, coordenadora do CMDI, a unidade é um braço da Fundação Hospitalar e atende a demanda de marcação do Hospital da Mulher, mas não costuma atender urgências e emergências.
A coordenadora negou que pacientes do dia anterior tiveram que retornar hoje. Ainda segundo ela, a médica chegou com apenas 30 minutos de atraso e isso gerou toda a confusão.
“Nunca tivemos nenhum problema, já atendemos uma demanda até maior. Aqui fazemos todo tipo de radiografia, raio-x, mamografia, eletrocardiograma e densitometria óssea. Atendemos toda a demanda de marcação vinda da central. Hoje fomos surpreendidos com a transferência de gestantes do Hospital da Mulher, mas temos que atender, tivemos hoje 25 gestantes.”
Conforme Gilberte Lucas, presidente da Fundação Hospitalar, a Fundação tenta de todas as maneiras agilizar o atendimento no CMDI.
“É importante a gente reforçar que o CMDI não é uma unidade de urgência e emergência. É uma clínica com marcação. O que a gente faz quando existe uma paciente da rede ou do próprio Hospital da Mulher ou do Hospital Estadual da Criança que solicita uma ultrassom obstétrica de urgência, a gente orienta ir ao CMDI para fazer o agendamento direto, para não precisar voltar ao posto de saúde e aguardar a regulação. E isso foi feito com a paciente, a unidade encaminhou para o CMDI para realizar a ultrassom e existem também as marcações via central. Foi um fluxo que a gente fez para agilizar. A médica estava agendada para 14h e chegou às 14h30. As pacientes já estão sendo atendidas e fazendo o ultrassom.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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