Rachel Pinto
O secretário estadual de saúde Fábio Villas Boas informou durante entrevista ao programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News, que está realizado com o trabalho que vem desenvolvendo à frente da Secretaria Estadual da Saúde.
Para ele, nunca se investiu tanto em saúde como nos últimos anos e a população da Bahia está acessando os serviços públicos de saúde cada vez mais no padrão do que é oferecido pelos hospitais privados. O objetivo segundo ele, é que esse trabalho seja ampliado cada vez mais, as unidades de saúde atendam a esse padrão e possam ocorrer mais alguns avanços, inclusive em relação a regulação dos pacientes.
O secretário frisou durante a entrevista que a meta é regular os pacientes em até 24h e dar mais eficiência a fila de regulação.
“O sistema de regulação é apenas a ferramenta que casa a necessidade com a demanda. A necessidade com a oferta de leitos ou de procedimentos. Para poder resolver o problema da regulação é preciso ajustar a necessidade e a oferta. Nós apuramos em todos esses níveis atuando para que a necessidade se torne menor. Garantindo uma estruturação para a atenção básica. Garantindo que as pessoas precisem ir menos aos hospitais e a ampliação da oferta de leitos de atendimento. Hoje temos cerca de 500 pacientes por dia precisando ser regulados de um lugar para o outro no estado da Bahia. Nós atendemos cem por cento da demanda todos os dias. Há vários meses que a demanda de 15 mil pacientes mês sendo transferidos de um lugar para o outro vem sendo atendida plenamente. Já chegamos a ter 2 mil pacientes em tela por dia com a capacidade de atender 500 pacientes por dia . Então sempre ficava de um dia pro outro em torno de 1.500 pacientes. Nós montamos a uma estrutura para poder tratar esse passivo e já avançamos significativamente. O que nos permite antever que dentro de mais 90 dias a gente deverá ter esse passivo completamente zerado e a capacidade inédita de estar regulando os pacientes dentro de 24h”, informou.
Segundo Fábio Villas Boas os pacientes que precisam de regulação na maioria das vezes são oriundos de necessidades de cirurgia de ortopedia, traumas de acidentes de trânsito, além de pacientes cardiopatas, com problemas cardiológicos e vasculares. Ele frisou que essa realidade é reflexo da atenção básica com pouca cobertura, onde o número de médicos não atende a população por completo.
O fato de a população não ter acesso aos meios de prevenção e controle de doenças faz com que pacientes precisem de atendimento para casos de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e amputação de membros. A demanda dessas pacientes diariamente é muito grande e por esse motivo a dificuldade com relação a regulação.
Na parte de ortopedia, por exemplo, o secretário disse que já houve momentos de ter 500 pacientes por dia aguardando a regulação e o tempo médio de espera era de 11 dias. Hoje essa situação está mais dinâmica o número de pacientes com problemas ortopédicos é em média 100. A espera para a regulação está entre três e sete dias.
Emissão de laudos das policlínicas e estadualização do Programa Mais Médicos
O secretário Fábio Villas Boas comentou que o atraso dos laudos de exames realizados pelas policlínicas está sendo regularizado. Houve a licitação das empresas que vão fazer os laudos e o trabalho está acontecendo em cima do passivo que ficou acumulado. “Acredito que no máximo em mais quinze dias a gente consegue colocar em dias todos os laudos atrasados”, relatou.
Fábio Villas Boas que também é médico cardiologista lamentou a retirada dos médicos cubanos do estado da Bahia e frisou que está se articulando com outros colegas secretários de todo país para propor ao governo federal que os estados assumam a gestão e operacionalização do programa com transferência fundo a fundo dos recursos atualmente mantidos sobre gestão federal.
“Isso vai garantir uma maior eficiência com os recursos desse programa. Espero ao longos dos próximos 30 dias terum entendimento junto ao governo federal na garantia do avanço desse importante programa que mudou o panorama da atenção básica em todo o Brasil”, concluiu.