Andréa Trindade
Pacientes de Glaucoma (doença causada pela lesão do nervo óptico relacionada a pressão ocular alta) estão há três meses sem receber medicação fornecida pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) através da 2ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), em Feira de Santana.
De acordo com Damiana Pereira Conceição, moradora do conjunto Sérgio Carneiro, um dos colírios para Glaucoma que ela usa custa cerca de R$ 150,00 (Xalatan) e está em falta. O glaucotrat, mais acessível, custa em média, R$ 7,00.
A falta de medicamento também se estendeu ao Hospital Especializado Lopes Rodrigues. Segundo a diretora geral da unidade, Elieuza Bacelar, os remédios distribuídos para 450 pacientes com esquizofrenia, mal de Parkinson e Alzheimer estão em falta no hospital desde o final de dezembro, mas alguns deles já estão chegando ao hospital. Ela disse ainda que 1500 pessoas ficaram sem remédios para outros tipos de tratamentos psiquiátricos. Os remédios custam entre R$ 200 e R$ 400 reais.
Elieuza explicou que o problema de fornecimento atingiu apenas as pessoas que precisam de automedicação. Segundo ela, a famárcia básica do hospital, e o setor laboratorial para pacientes internados não passam por problemas de estoque.
A Sesab afirmou que a distribuição dos medicamentos Pramipexol 0,25mg e Pramipexol 1mg para pacientes que têm a doença de Parkinson já foi regularizada e informou que o laboratório farmacêutico que fornece esses medicamentos para o Estado da Bahia teve sua licença de importação suspensa para esses insumos, causando o desabastecimento temporário do medicamento.
A ação dos medicamentos Olanzanpina 5mg, Olanzapina 10mg e Quetiapina 200mg, utilizados para o tratamento da Esquizofrenia Refratária, também já está regularizada. A Sesab, como medida emergencial, solicitou o empréstimo dos medicamentos a outros estados, já colocando a disposição da população o remédio. A secretaria informou ainda que as medidas para solucionar o problema de forma definitiva já estão sendo tomadas.
A falta da Quetiapina 200mg foi por conta do processo de centralização da compra pelo Ministério da Saúde, que até o momento não fez o repasse para os estados, mas ainda assim, a Sesab continuará adquirindo o medicamento até que o envio pelo ministério esteja regularizado.Quando ao colírio para pacientes de Glaucoma, a Secretaria de Saúde ainda não se manifestou.