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Pacientes com internação prolongada no HEC voltam ao convívio familiar
O processo de desospitalização do HEC visa humanizar o tratamento desses pacientes, possibilitando a saída segura do ambiente hospitalar, por meio da adaptação ao convívio doméstico
Após quase quatro anos de internação para tratamento na UTI Pediátrica do Hospital Estadual da Criança (HEC), a menor R.J.S., 6 anos, finalmente voltou ao convívio familiar e ao conforto do lar, no bairro Feira IX, em Feira de Santana, nesta quarta-feira (13).
A paciente tem uma perda acentuada da força muscular, inclusive da musculatura respiratória, necessitando do uso contínuo de respirador artificial. Após a alta médica, o equipamento foi fornecido à família pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), que assume a assistência médica domiciliar em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
R.J.S. é uma das contempladas pelo processo de desospitalização do HEC, que visa humanizar o tratamento de crianças com internação prolongada, possibilitando a saída segura do ambiente hospitalar, por meio da adaptação ao convívio doméstico, o treinamento dos familiares para os cuidados em casa (home care) e o acompanhamento do Serviço Social do hospital com todo o suporte necessário para o bem estar destes pacientes tão especiais.
“A avaliação é criteriosa e feita com cada criança. Além do treinamento do familiar para a assistência domiciliar, a casa da família é avaliada para comprovar que o local tem estrutura para o tratamento, por exemplo, espaço adequado para acomodar o leito e os equipamentos médicos”, explica o Dr. Márcio Torres, médico da UTI Pediátrica.
Humanização – Para Renata de Jesus, mãe de R.J.S., é uma grande alegria voltar para casa em companhia da filha. “Todo esse tempo acompanhando-a serviu de aprendizado para lidar com crianças especiais. Estou muito feliz de poder voltar com ela para casa e grata pelo tratamento que recebemos de todos aqui”, relatou emocionada.
Outro paciente que já estava internado no HEC há 2 anos e quatro meses, também voltou nesta quarta para casa, no distrito de Matinha. M.B.S., de 5 anos sofre de insuficiência respiratória crônica e agora continua o seu tratamento com a assistência da família. “No início foi complicado, mas com o tempo meu neto evoluiu bastante. Aprendi muito nesse período e só tenho a agradecer”, contou Nilza Vitória, avó da criança.
De acordo com a gerente de enfermagem da UTI Ped, Paula Ribeiro, a família é quem ganha com a desospitalização. "Esse é um proceso demorado onde precisamos trabalhar com a humanização de todo o núcleo familiar para que tudo dê certo".
O programa também visa otimizar os leitos de UTI, possibilitando a admissão de novos pacientes.
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