Lauro de Freitas

“Oferecer bariátrica pelo SUS é oferecer qualidade de vida aos menos assistidos”, afirma paciente do Hospital Metropolitano

A unidade estadual de saúde passa a realizar septação gástrica por videolabaroscopia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Hospital metropolitano
Foto: Divulgação / Hospital metropolitano

A última sexta-feira (16) foi de emoção no Hospital Metropolitano, em Lauro de Freitas. Oito pacientes realizaram o sonho de passar pela cirurgia bariátrica, em busca de mais qualidade de vida. Gerida pela Santa Casa de Ruy Barbosa, a unidade estadual de saúde passa a realizar septação gástrica por videolabaroscopia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de realizar mensalmente 13 procedimentos desse tipo.

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As cirurgias estão sendo realizadas em parceria com o Cedeba (Centro de Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia) – unidade de referência estadual do SUS, junto ao NTCO (Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade). O Centro de Referência faz uma triagem minuciosa dos pacientes e encaminha os que têm indicação cirúrgica para o Hospital Metropolitano, onde são feitos os procedimentos e acompanhamentos pré e pós-operatório integralmente pelo SUS.

Segundo a endocrinologista Teresa Arruti, coordenadora do Núcleo de Obesidade do Cedeba, apesar das pessoas dizerem que estão esperando há muito tempo para a realização da cirurgia bariátrica, não há uma lista de espera no Estado, pois os pacientes precisam preencher uma série de requisitos até chegar ao indicativo de intervenção cirúrgica, e às vezes esse processo de condicionamento demora.

Hospital metropolitano paciente obesidade maca
Foto: Divulgação / Hospital metropolitano

O coordenador médico, Erivaldo Alves, referência em cirurgia bariátrica na Bahia, destaca que a obesidade não se trata apenas de pessoas com IMC elevado. Mas, de pacientes que possuem diversas doenças associadas, como hipertensão, alteração na microflora intestinal, diabetes, entre outras, e precisam dessa cirurgia para ter mais longevidade.

Segundo ele, cerca de 168 mil pessoas morrem no Brasil por doenças secundárias à obesidade. “Para se chegar à indicação da septação gástrica, o paciente passa por uma avaliação multidisciplinar extremamente criteriosa. Depende de uma série de fatores que não podem ser analisados isoladamente. E muita gente também depende dela para chegar à velhice”, afirmou Erivaldo.

Um dos pacientes que passaram pela intervenção cirúrgica nesta sexta-feira (16) foi Bartolomeu Marcelino, de 41 anos. O técnico de enfermagem se preparava para a cirurgia desde o começo do ano, quando recebeu a indicação médica, com mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida. Além da obesidade, Bartô – como é carinhosamente chamado – tem comorbidades e almeja mais qualidade de vida. Para ele, é um sonho realizado, após longos cinco anos de espera.

“Eu quero viver melhor e voltar a vestir GG. Ou, quem sabe, G. Essa oportunidade que estamos tendo aqui no Hospital Metropolitano, através do Governo do Estado, de forma gratuita, é única. Oferecer bariátrica pelo SUS é oferecer qualidade de vida a quem não tem como pagar ou não possui plano de saúde”, disse Bartolomeu.

Hospital metropolitano médico homem
Foto: Divulgação / Hospital metropolitano

Após o procedimento, a Santa Casa de Ruy Barbosa acompanha esses pacientes por dois anos, através do ambulatório de obesidade. Além disso, os que necessitarem passam por cirurgia plástica no próprio Hospital Metropolitano, também pelo SUS.

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