Feira de Santana

Obras do Hospital Municipal estão paradas; secretário diz que estudo técnico está sendo realizado

De acordo com Rodrigo Matos, a atual gestão já encontrou as obras paradas. Ele diz que estudo vai definir local ideal para o novo hospital.

secretário de saúde Rodrigo Matos
Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

As obras do Hospital Municipal de Feira de Santana, que foram iniciadas na gestão anterior, estão paradas. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, a única intervenção feita no prédio onde funcionava a Secretaria de Saúde, foi a demolição. As declarações foram feitas durante entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (16).

De acordo com Rodrigo Matos, a atual gestão já encontrou as obras paradas. Ele afirmou que um estudo técnico está sendo realizado para avaliar quais as necessidades desse novo hospital para Feira de Santana, a exemplo da quantidade de leitos para atender a demanda da população. Só após as respostas desse estudo, será definido se o hospital municipal realmente será no antigo prédio da Secretária de Saúde ou se necessitará de um espaço maior.

“Feira tem uma complexidade maior porque é polo de micro e macrorregião de saúde, dialoga com outros hospitais da rede, então para que a gente pense qual hospital Feira precisa, a gente precisa dialogar com as pessoas. Entendemos que para saber qual o tamanho do hospital que é necessário, precisamos saber qual o perfil desse hospital. Ele será de retaguarda? Qual a maior demanda de atendimento para Feira de Santana? Depois que a gente precisa desenhar isso para saber qual o tamanho desse hospital. Eu não encontrei um estudo técnico nesse aspecto sobre o hospital que está sendo construído na João Durval, então estamos fazendo esse estudo. Eu acredito que um hospital de 20 leitos não dá conta da demanda, então estamos dialogando para envolver o Conselho de Saúde e vamos discutir com as outras instâncias gestoras. Um estudo técnico está sendo feito e vamos apresentar a população”, afirmou.

Estrutura da Secretaria de Saúde

O secretário também falou sobre a atual estrutura da Secretaria Municipal de Saúde, que está localizada na Avenida Getúlio Vargas desde o mês de julho do ano passado. Segundo ele, o prédio não é ideal e algumas adequações estão sendo feitas para melhorar o ambiente para quem trabalha e para a população, mas destacou que a prefeitura busca outro espaço para sediar a pasta.

“O ideal é que a gente busque um ambiente mais saudável. Ali é uma estrutura que não atende. A Secretaria de Saúde é uma pasta que atende gente e as pessoas precisam de um local onde possam ser acomodadas. Estamos buscando resolver a questão do calor absurdo que tem ali no térreo, mas não tenho dúvida que ali é um ambiente que não é adequado. A grande dificuldade é encontrar um ambiente que atenda uma pasta como a Saúde, mas estamos buscando dentro de uma realidade financeira desafiadora”, afirmou Rodrigo Matos.

Salários atrasados

Com relação as diversas reclamações de funcionários terceirizados sobre atrasos em pagamentos de salários, o secretário de Saúde disse que o compromisso é que até fevereiro as pendências sejam resolvidas.

“Estamos fechando o ano fiscal de 2024 para entender o que se tem e o que se pode fazer. Na gestão pública, a lei que determina as coisas e vamos nos empenhar em resolver dentro do rito legal. Quando a gente assume a gestão, somos responsáveis por todo o processo que foi feito dentro do município, mas é preciso ser sincero com a população. Eu gostaria muito de resolver em pouco tempo 100% dos problemas que se arrastam há muito tempo, mas meu querer muitas vezes não é possível por questões administrativas”, disse.

Mutirão de Vacinação contra Dengue

Neste ano já são 28 notificações de casos de dengue em Feira de Santana. Em 2024 foram 6.651 ocorrências confirmadas da doença, sendo 1.102 casos de alerta, 31 graves e 10 mortes. Diante desses números e com o período quente e de chuvas, ideal para a proliferação do mosquito, a prefeitura de Feira de Santana vai realizar um mutirão de combate a dengue.

O secretário de saúde Rodrigo Matos destacou que será uma ação integrada, envolvendo as secretarias de Serviços Públicos e Saúde, com mutirões de limpeza e vacinação.

“A gente buscou fazer um planejamento logo no início do governo. A gente sabe que todo ano nesse período há um número grande de casos de dengue, que não só gera internamento, como gera óbito, e entendemos que deveríamos agir rapidamente para reduzir o número de casos e consequentemente de internação. Promoveremos um grande faxinaço e faremos uma ação de saúde para a faixa etária de 10 a 14 anos, que é a idade recomendada pelo Ministério da Saúde, por ser a faixa etária que se concentra o maior número de óbitos”, afirmou.

O mutirão começa no dia 25 de janeiro na zona urbana, em sete pontos, e na zona rural. De acordo com o secretário os bairros que apresentaram mais casos em 2024 foram Tomba, Feira X e George Américo. Entre os distritos, Humildes é o que mais registou casos de dengue. Ele alerta para os cuidados.

“A dengue é uma doença viral, mas o vetor é o mosquito que leva a doença de um lado para o outro. Então a gente precisa combater esse mosquito. Por isso que precisamos eliminar os criadouros, eliminar a água parada, principalmente em lixos que são descartados de forma inadequada. Temos que ter o descarte adequado de lixo, evitar água parada e dessa forma a gente vai contribuir com a saúde da nossa família”, destacou.

Outra forma de se proteger da doença, conforme o secretário, é através da vacinação. Segundo ele, a meta era vacinar 42 mil pessoas em Feira de Santana e foram vacinadas apenas 8 mil até o final do ano passado. Ele destaca que o sorotipo 3 da dengue já circula em algumas regiões do país.

“No Sul e no Sudeste está circulando o sorotipo 3 da dengue. Existem 4 sorotipos; se você pega a dengue tipo 1, não pode pegar ela de novo, mas tem os outros três tipos. A tipo 2 é a mais comum, a maior parte da população já teve e não terá novamente, mas a dengue tipo 3 é um sorotipo que as pessoas são mais suscetíveis, então pode ter aquela explosão de casos e provocar um grande surto de dengue, por isso que o cuidado deve ser redobrado”, frisou.

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