A obesidade é um assunto que tem ganhado bastante destaque nos últimos anos. Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde em 2021, revelaram que a doença atingiu seus maiores índices dos últimos 15 anos no Brasil, saltando de 11,8% da população em 2006 para 22,3% em 2021. Esses números reforçam o impacto da importância do Dia Mundial da Obesidade, que acontece no dia 04 de março, e busca conscientizar sobre os impactos da doença em nossa saúde.
O nutrólogo Vítor Mendonça explica que a obesidade é uma doença com classificação internacional. “Ela é uma doença caracterizada por um Índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 30 kg/m², um cálculo feito levando em consideração a altura e o peso do paciente”, revela o especialista. Entretanto, indivíduos que possuem o IMC entre 25 e 29,9 kg/m² já são considerados com sobrepeso e podem sofrer com prejuízos causados pelo excesso de gordura.
Além disso, o especialista lembra que a obesidade está relacionada com o surgimento de outras comorbidades. “A partir da obesidade você pode ter o surgimento de diversas outras doenças associadas, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes, colesterol elevado, maior risco de infarto, derrame, além de vários tipos de câncer”, conta Vítor.
Sintomas e tratamentos
Devido ao perigo das doenças associadas, é importante que o diagnóstico da obesidade seja feito antes que o paciente chegue a um quadro mais grave. Assim, o monitoramento do IMC é essencial para que o diagnóstico seja feito em tempo e o tratamento possa evitar o surgimento de outras doenças e comorbidades. Para a realização do diagnóstico, exames laboratoriais e exames de imagem podem ser necessários, a depender do paciente. No Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana (IHEF), é possível fazer a realização de alguns desses exames com qualidade e conforto, como: avaliação nas taxas de colesterol, medição dos índices de glicose, avaliação do funcionamento da tireoide e bateria de exames hormonais, dentre outros.
Em relação ao tratamento, ele vai depender do quadro do paciente. “Uma das principais formas de combate à obesidade é a redução do peso através de uma mudança nos hábitos de vida, incorporando uma dieta mais saudável e a atividade física. Existe o tratamento medicamentoso para auxiliar no processo de emagrecimento e, em situações mais graves, o paciente pode considerar a cirurgia bariátrica”, afirma o nutrólogo Vítor Mendonça.
A manutenção dos novos hábitos saudáveis é essencial para que não haja recorrência da doença após o tratamento. “Obesidade é uma doença que pode ser tratada. Além disso, muitas doenças associadas também podem ser curadas ou melhoradas com a redução de peso”, finaliza o especialista.
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