Saúde

Número de infecções por Vírus Sincicial Respiratório crescem no primeiro semestre do ano

Com entrega de resultado no mesmo dia, IHEF se torna pioneiro na oferta do exame de detecção do vírus em Feira de Santana.

Vírus Respiratório
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Com a chegada das estações mais frias do ano, é comum um aumento nos casos de doenças respiratórias. Dentre elas, está o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), um dos maiores responsáveis por infecções respiratórias, principalmente em recém-nascidos, crianças pequenas, adultos com mais de 65 anos, pessoas com problemas no sistema imunológico, cardíacos ou doença pulmonar crônica.

Segundo o Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), de 2020 a 2022, houve mais de 30 mil casos de doença grave pelo VSR no país. Este ano, dados do Ministério da Saúde apontam que 17% dos 6.976 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com identificação etiológica até 16 de março, foram causados pelo VSR. De acordo com o Informe de Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério, no acumulado até 11 de março de 2024, 13% das 5.490 infecções por SRAG foram confirmados para o vírus sincicial.

Ainda de acordo com o órgão, a sazonalidade do Vírus Sincicial Respiratório na Região Nordeste é altamente constatada entre os meses de março a julho. Com infecções dadas pelas secreções do nariz ou da boca da pessoa infectada, por contato direto ou por gotículas, a transmissão do vírus geralmente começa dois dias antes de aparecerem os sintomas e só termina quando a infecção está completamente controlada.

“De modo geral, a infecção por VSR começa com coriza, tosse e febre leve. Conforme os dias passam, o paciente pode apresentar outros sintomas, como: dificuldade para respirar, dedos e lábios azulados, secreção nasal, espirros, chiado, dificuldades na amamentação, dor de cabeça, dor de garganta, perda de apetite, prostração e cansaço”, destaca Marcus Machado, Farmacêutico Bioquímico e Diretor Técnico do Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana (IHEF).

Diagnóstico e tratamento

Em muitos casos, o diagnóstico para o Vírus Sincicial Respiratório é clínico, contudo, a identificação e confirmação do vírus é feita por exames laboratoriais. Sendo o pioneiro em oferecer o exame na cidade de Feira de Santana, o IHEF destaca que a eficácia do teste é de mais de 90% no diagnóstico. “O exame é de extrema importância, justamente pelo fato de podermos oferecer aos médicos o diagnóstico correto de um vírus que é muito comum em nosso meio e que provoca muitos quadros de infecção respiratória”, evidencia Marcus Machado.

O especialista também destaca que a realização do exame acontece através de um swab (uma espécie de cotonete) que é introduzido na nasofaringe do paciente, procedimento semelhante ao teste utilizado para identificação do Covid-19 e Influenza A e B. A realização do exame não necessita de nenhum preparo prévio e o resultado é entregue no mesmo dia.

Após diagnóstico positivo, a orientação é que o paciente busque um médico especialista o mais rápido possível. A maioria dos infectados consegue uma recuperação plena em um período de sete dias, no entanto, em casos graves, é essencial a hospitalização para a realização de oxigenoterapia e outras medidas de tratamento.

Prevenção

Para uma prevenção efetiva contra o VSR, especialistas recomendam cuidados básicos de higiene que podem ser feitos no dia a dia, a fim de reduzir as chances de infecção. Dentre eles estão:

  • Lavar frequentemente as mãos;
  • Fazer o uso de álcool gel antes e depois de entrar em contato com o doente;  
  • Evitar aglomerações em locais fechados;  
  • Desinfectar superfícies e objetos potencialmente contaminados pelo vírus;  
  • Manter distância de pessoas com sintomas respiratórios.

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