Saúde

No Dia do Dentista, odontólogo fala sobre a profissão

Segundo ele, o mercado de trabalho de Feira de Santana continua absorvendo novos profissionais, uma vez que há um déficit de dentistas na cidade.

Laiane Cruz

Nesta sexta-feira, 25 de outubro, é comemorado o Dia do Dentista. Em homenagem a estes profissionais, o programa Acorda Cidade convidou o cirurgião dentista Carlos Augusto Falcão da Silva, da Clínica Oniodonto, para falar sobre a profissão.
 
O cirurgião citou uma fala do professor Mário Chaves, que em 1953, durante uma palestra, definiu a Odontologia como uma profissão singular: exige dos que a ela se dedicam o senso estético de um artista, a destreza manual de um cirurgião, os conhecimentos científicos e a paciência de um monge.
 
Segundo ele, o mercado de trabalho de Feira de Santana continua absorvendo novos profissionais, uma vez que há um déficit de dentistas na cidade. “A Organização Mundial de Saúde preconiza 1.500 pacientes para cada dentista, então a Região Metropolitana de Feira de Santana, hoje com 1.2 milhão, a microrregião, pode trabalhar na verdade com 800, mas o poder aquisitivo não nos permite a isso”, disse.
 
“O Ministério da Saúde preconiza também que para cada Posto de Saúde da Família, com 3.750 pacientes, haja um dentista. Em Feira de Santana, nós temos só 88 postos de saúde da família, deveríamos ter 230, e nessas 88 só tem 33 dentistas trabalhando, porque, de acordo com a prefeitura, nos distritos você não tem como alugar e como construir, porque o investimento é muito alto, então os governos estadual e federal estão oportunizando algumas construções, então você fica com esse número reduzido”, explicou o cirurgião.
 
Sobre os males acarretados pela má saúde bucal, Carlos Augusto afirma que todos os problemas de saúde começam pela boca, com doenças, como AIDS, problemas cardíacos, sarampo, brucelose, dentre outras. 
 
Ele disse ainda que tem um projeto em que orienta mulheres gestantes a cuidar dos dentes da criança ainda na gestação, através da alimentação e dos bons hábitos. Além disso, elas são orientadas a levarem seus filhos mensalmente ao consultório, para que desenvolvam prazer de ir ao dentista. “A gente tem que cativar as crianças e mostrar que não é esse bicho de sete cabeças”, brincou.
 
Ele recomenda também que pessoas com diabetes não deixem de realizar tratamentos dentários, por medo da doença, desde que estejam com a glicemia acima de 100.
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