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O rompimento do Ligamento Cruzado Anterior é a lesão cirúrgica mais comum em esportes com mudanças de direção, giro e contato físico. Nas mulheres, a ocorrência é 2 a 8 vezes maior do que nos homens, considerando o mesmo esporte e nível competitivo. Além da LCA, as fraturas por estresse também acometem mais as mulheres, o que se justifica por uma maior incidência de deficiência energética entre elas. A deficiência energética é o principal fator de risco para as fraturas por estresse.
Porém não são só as atletas são prejudicadas. Mulheres que praticam esportes eventualmente também correm mais risco e os motivos são diversos. Veja alguns enumerados pelo Dr. João Hollanda, ortopedista especialista em cirurgia do joelho e traumatologia esportiva.
Fatores anatômicos: A estrutura física da mulher e do homem são diferentes. Ainda que exista uma grande variação individual, a mulher habitualmente apresenta um quadril mais largo, uma composição corporal diferente, uma musculatura mais fraca e uma maior flexibilidade nas articulações.
Ciclo menstrual: Os ligamentos podem se tornar mais rígidos ou mais frouxos ao longo do ciclo. Isso faz com que o risco de lesões também se altere nas diferentes fases do ciclo menstrual da mulher.
Calçados inadequados: O uso prolongado de salto alto por exemplo ou de sapatos sem amortecimento adequado, levam a maior sobrecarga articular e aumentam o risco de fraturas por estresse.
Fatores Nutricionais: é importante reconhecer a tríade da mulher atleta, uma associação de distúrbios nutricionais, problemas no ciclo menstrual e osteoporose;
Aliado a esses fatores, quem está pensando em voltar às atividades físicas precisa ficar atento a frequência e intensidade que estiver acima do que a sua condição física permite naquele momento. “É importante sempre contar com um profissional da área e caso venha a ter qualquer lesão, pare imediatamente as atividades de impacto e procure um especialista”, conclui Hollanda.