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Dez mulheres que sofrem de gigantomastia – crescimento excessivo dos seios – vão passar por cirurgia gratuita no Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, e no Hospital Geral Clériston Andrade. O benefício é resultado de parceria entre a Prefeitura de Feira de Santana, através da Fundação Hospitalar, a Sociedade de Cirurgia Plástica e o Núcleo Odungê.
As cirurgias serão realizadas nesta quinta-feira (2) e na sexta-feira (3), a partir das 7 horas, em mulheres já cadastradas. Para triagem das dez mulheres, ocorrida em julho, a equipe médica que atuou no processo realizado pelo Hospital da Mulher considerou as que apresentaram o quadro mais avançado da anomalia e que não têm condições financeiras para pagar pela cirurgia reparadora. As candidatas se submeteram a exames específicos, além de serem feitas imagens das mamas.
Conforme explicou o cirurgião plástico César Kelly Villafuerte Vélez, colombiano de Medelin naturalizado brasileiro, coordenador do grupo de médicos responsável pela triagem, a gigantomastia chega a comprometer a saúde da mulher e a gerar problemas na coluna, além de dores insuportáveis. “As mamas gigantes alteram a estrutura óssea e muscular do corpo e possuem no mínimo, três quilos a mais que os seios em condições normais”, ressalta.
O cirurgião afirma ainda que essa cirurgia reparadora não irá solucionar apenas os problemas de saúde físicos mas psíquicos também, “no que se refere a parte psicológica, por conta da deformidade, as mulheres perdem a figura feminina, passam a viver isoladas socialmente e familiarmente, são motivos de chacota nas ruas e se afastam do trabalho”.
Com a correção desse tipo de distúrbio, elimina-se a causa do sofrimento e a mulher pode tratar dos problemas dorsais, através de fisioterapia, RPG e terapias alternativas. Além de resgatar a auto-estima perdida.Segundo o médico, essas cirurgias devem ser feitas em mulheres com idade igual ou superior a 18 anos, devido à mama ainda está em desenvolvimento. Feita a cirurgia de redução, acredita-se que não há a possibilidade de um novo crescimento dos seios. “Claro que nem um tratamento é 100%, mas há poucos indícios referentes a seios que voltaram a crescer após a cirurgia”, enfatiza César Kelly.
Além do cirurgião César Kelly, participam das cirurgias o cirurgião Maurício Pinto Souza, de Feira de Santana, mais outros médicos de Salvador e de São Paulo. Segundo o diretor da Fundação Hospitalar Jair de Jesus, a partir dessa triagem cerca de três a quatro cirurgias serão feitas por mês. As informações são da Secom.