Feira de Santana

Moradora de Feira de Santana faz apelo por cirurgia para retirar tumor na boca da filha de 11 anos; são quase 4 anos de espera

Ana Clara nasceu com uma mancha na face e, por volta dos 9 anos, começou a desenvolver um abscesso que depois foi confirmado como um tumor.

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Antônio Bispo e a filha, Maria Clara | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

Sofrimento, dor e angústia: essas são palavras que descrevem bem os sentimentos que acompanham uma moradora de Feira de Santana. Antônia Bispo dos Santos está há quase quatro anos à espera de uma cirurgia para a própria filha. A pequena Maria Clara, de 11 anos, possui um tumor na boca.

A mãe contou que, por conta do tempo de espera, alguns exames, feitos de forma particular com a ajuda de uma “vaquinha”, perderam a validade. A expectativa é que a cirurgia ocorra no Hospital Irmã Dulce, em Salvador, mas antes a criança precisa passar por um procedimento de redução vascular para evitar uma hemorragia durante o procedimento, pois o tumor sangra constantemente.

“Estamos esperando que o Hospital Roberto Santos chame para poder fazer esse procedimento de redução vascular, porque a partir daí eles já encaminham direto para o Irmã Dulce. O procedimento é necessário porque o tumor sangra todas as noites há muitos anos e eles acharam melhor fazer”, disse.

🛑 Alerta – Conteúdo sensível – Confira aqui a foto do tumor 🛑

Antônia explicou que, apesar da expectativa, a vaga da filha não está garantida no Hospital Irmã Dulce. A moradora do bairro Asa Branca contou que a filha sente fortes dores e que a massa anormal no céu da boca causa muita dificuldade para a garota se alimentar.

“Ela estava se alimentando bem, mas com o desenvolvimento do tumor, já não está conseguindo mais. Ela se alimentava com mingau, suco, verdura batida no liquidificador e a situação está muito difícil. Eu sou mãe, eu estou sofrendo junto com ela, porque estou vendo o sofrimento da minha filha. Essa semana ela falou: ‘Mãe, eu não estou conseguindo comer mais nada’. Isso corta o coração de uma mãe.

O início da batalha

Ana Clara nasceu com uma mancha na face e, por volta dos 9 anos, período em que estava passando pela troca dos dentes de leite para os permanentes, começou a desenvolver um abscesso (bolsa de pus) que posteriormente foi confirmado como um tumor.

“A gente percebeu que aquilo não era normal e foi aí que começamos a nossa luta, vai para um canto, vai para outro, até então sem resposta nenhuma. Ela já passou por uma consulta com o pré-anestesista, já fez exames, esses exames já venceram, repetimos de novo, já venceu outra vez”, disse Antônia.

Um pedido de socorro

Após vários meses de uma humilhante espera, Antônia resolveu dar publicidade ao caso e tentar buscar ajuda de forma mais direta. Esboçando muita preocupação, sentimento natural a toda mãe, a mulher direcionou um pedido à secretária de Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana.

“Nosso medo é que possa virar uma coisa pior, porque a gente sabe que quando uma doença é descoberta e tratada logo, tudo dá certo, mas se deixar passar, pode acontecer o pior. Meu apelo é para que a secretaria nos ajude nesse caso. A família toda está muito abalada. A gente não tem condições”, concluiu Antônia.

A produção do Acorda Cidade entrou em contato com a Secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana, solicitando um retorno para esta questão.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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