Saúde

Mês da conscientização sobre a Esclerose Múltipla: neurologista alerta para sintomas iniciais da doença

A doença afeta, em maior proporção, mulheres entre 20 e 40 anos de idade aponta estudo do Atlas da MS.

Esclerose
Foto: José Cruz/Acorda Cidade

O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), comemorado em 30 de agosto, é uma data de extrema importância para os pacientes e familiares, dedicada a divulgar e reconhecer os desafios enfrentados por quem convive com essa doença neurológica, autoimune e potencialmente incapacitante. Conforme o Atlas da MS, estudo mundial sobre a epidemiologia da EM, ela afeta, em maior proporção, mulheres entre 20 e 40 anos de idade, apresentando-se de forma diversa em cada pessoa, com uma gama variada de sintomas, que podem regredir, causar danos permanentes ou se manifestar de maneira cíclica.

O Agosto Laranja é, portanto, uma oportunidade para disseminar informações sobre essa condição e sensibilizar a sociedade para os desafios enfrentados pelos pacientes e seus familiares. Ao aumentar a visibilidade da doença, espera-se promover a empatia, a compreensão e o suporte necessários para que as pessoas com EM possam viver com qualidade e dignidade, superando as adversidades impostas por essa condição neurológica considerada rara. Acredita-se que esta patologia é causada por uma combinação de fatores, incluindo predisposição genética, algumas infecções virais, deficiência de vitamina D, tabagismo e obesidade.

Segundo o coordenador da Neurologia Clínica do Hospital Mater Dei EMEC, Tarsis Farias, por ser uma doença que afeta o sistema nervoso em vários locais, os sintomas da esclerose múltipla são variáveis. Há casos em que a doença afeta o nervo óptico, ocasionando em alterações visuais como o primeiro sintoma. Em outras situações, pode afetar algumas áreas do cérebro responsáveis pelo movimento, tendo como consequência a perda de força de um lado do corpo, perda do equilíbrio para andar, inconsistência do movimento, falha de coordenação motora, alterações cognitivas, entre outros sintomas.

Diagnóstico Precoce

O diagnóstico da esclerose múltipla é complexo e, geralmente, requer a avaliação de um neurologista experiente. Não há um único exame isolado que possa confirmar a presença da doença. Em vez disso, o diagnóstico é baseado em uma combinação de história clínica, exame neurológico e exames subsidiários. Entre os principais exames utilizados para auxiliar na confirmação estão a ressonância magnética craniana e das colunas cervical e dorsal, que podem evidenciar lesões típicas, e o exame do líquor, que pode revelar a presença de anticorpos produzidos dentro do sistema nervoso central.

O especialista destaca que a identificação precoce da doença é muito importante para que os médicos possam atuar o quanto antes no controle da inflamação dos neurônios e seu processo de desmielinização, reduzindo a taxa de surtos e possíveis sequelas, além de aumentar as possibilidades de uma vida muito próxima da normalidade.

Avanços no tratamento

A Esclerose Múltipla continua sendo uma condição sem cura, mas, com os avanços na medicina e a conscientização crescente, o tratamento tem avançado significativamente nos últimos anos, com uma variedade de medicamentos disponíveis para controle da doença. Muitos deles são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) através das Secretarias Estaduais de Saúde. O tratamento adequado, quando iniciado precocemente, pode reduzir a atividade da doença e prevenir a evolução com sequelas em grande parte dos pacientes, proporcionando uma melhor qualidade de vida, mesmo diante do desafio de conviver com uma doença crônica.

“Hoje em dia existe uma variedade de medicações disponíveis para tentar modificar o padrão de crises da doença, realidade que há 30 anos atrás era totalmente diferente, onde existiam poucos medicamentos. Atualmente, há várias modalidades de remédios que interferem diretamente no processo de alteração imunológica da doença e, consequentemente, ajudam a reduzir a quantidade de surtos, e oferece melhor qualidade de vida para quem convive com a doença que continua sendo estudada para descobrir novas drogas, e aumentar os protocolos de tratamento”, explicou o neurologista.

Nesse contexto, a Rede Mater Dei de Saúde tem se destacado por seu serviço de atendimento exemplar a pacientes. Com uma equipe médica altamente qualificada e tecnologias avançadas, a instituição tem se empenhado em oferecer o melhor suporte, garantindo diagnóstico preciso e tratamento adequado e individualizado para cada paciente afetado pela doença.

Unidades

Minas Gerais: Hospital Mater Dei Santo Agostinho, Hospital Mater Dei Contorno, Hospital Mater Dei Betim-Contagem, Hospital Mater Dei Santa Genoveva, Mater Dei CDI Imagem e Hospital Mater Dei Santa Clara

Bahia: Hospital Mater Dei Salvador e Hospital Mater Dei Emec

Goiás: Hospital Mater Dei Premium

Pará: Hospital Mater Dei Porto Dias

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