O mês de novembro é dedicado a chamar a atenção para os cuidados com a saúde do homem e a prevenção do câncer de próstata. Em todo o mundo são realizadas ações sobre o assunto e o dia 19 de novembro foi definido como o Dia Internacional do Homem.
O médico urologista, Rodrigo Serapião, falou em entrevista ao Acorda Cidade, como surgiu o movimento Novembro Azul e como as ações são fundamentais para a saúde e aumento da expectativa de vida dos homens.
De acordo com ele, o Novembro Azul surgiu na Austrália, após uma aposta entre amigos em deixar o bigode crescer no mês de novembro e a partir disso, houve a criação de uma causa social maior de abrangência em todo o mundo. Existe uma Instituição Internacional chamada Novembro Azul que alerta para a prevenção e detecção precoce do câncer de próstata.
O médico destacou que devido a fatores culturais o homem não tinha o mesmo hábito de ir a consultas médicas como a mulher. Desde cedo, as meninas eram levadas pelas mães ao ginecologista para o acompanhamento já com a menarca e os homens não tinham essa educação médica.
Conforme a evolução histórica e social, ele comentou que este comportamento vem mudando e hoje as mães já levam os filhos adolescentes ao médico, assim como muitos homens jovens já procuram por iniciativa própria iniciar este acompanhamento da sua saúde.
Mas, mesmo com toda essa mudança de paradigmas, ainda há homens que têm a resistência de procurar o médico. Muitos vão pela insistência das mulheres, mais tarde ou quando o grau da doença já está avançado.
Rodrigo Serapião pontuou que um em cada nove homens vai desenvolver o câncer de próstata e que o caminho para buscar a saúde é procurar o atendimento médico.
“O câncer de próstata é uma enfermidade que acomete os homens entre 65 e 70 anos. Se procurar o atendimento cedo é possível controlar a mortalidade e dar mais qualidade de vida ao homem”, disse.
O médico comentou também que 40% das mortes de homens podem ser evitadas com a detecção precoce do câncer de próstata e que o tratamento oncológico atualmente não só consegue promover a cura, como também a cronificação da doença, além de trazer mais expectativa de vida.
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