Saúde

Médico orienta comunidade sobre riscos de doenças respiratórias no inverno

O médico afirma que não tem como evitar totalmente essas doenças respiratórias a não ser as que têm vacina.

Ney Silva e Daniela Cardoso

Estamos em pleno inverno e com as quedas nas temperaturas os casos de doenças respiratórias tendem a aumentar. O pneumologista Augusto Freitas Filho, que trabalha no programa de controle da tuberculose da secretaria Municipal de saúde, afirmou ao Acorda Cidade que as viroses são infecções causadas por vírus, que é um micro-organismo que se dissemina com muita facilidade. Segundo ele, o contato direto com outras pessoas ajuda na propagação da grande maioria dos vírus que se manifestam nessa época do ano.

“Esse ano, com o inverno muito rigoroso e o aparelho respiratório não se defende tão bem no inverno quanto no calor. O aglomerado de pessoas, o contato direto, tudo isso favorece, sem esquecer da capacidade imunológica de cada um, que varia muito. Tem pessoas que tem outras morbidades que fazem com que o sistema imunológico não tenha condição de enfrentar essas infecções”, disse.

O médico afirma que não tem como evitar totalmente essas doenças respiratórias a não ser as que têm vacina, a exemplo da influenza H1N1. Ele destaca que são vários vírus e bactérias que produzem infecção do trato respiratório.

“Os pacientes que são vacinados ficam protegidos dessas infecções, mas existem outras por outros vírus e outras bactérias, que tem também o seu acometimento natural e por isso há uma proporção grande de pacientes que se dirigem as emergências com quadros viróticos esse ano”, afirmou.

Quando uma pessoa já tem uma doença respiratória, o pneumologista Augusto Freitas Filho destacou que o procedimento correto é ir ao médico e evitar a automedicação, principalmente em crianças e idosos.

“As pessoas precisam ser avaliadas, pois cada caso é um caso, os sintomas respiratórios são muito poucos. É febre, tosse, secreção e esses sintomas podem indicar desde uma simples virose de via área superior, até uma pneumonia, então, se houve febre, o paciente está tossindo, especialmente idosos e crianças numa faixa etária de 0 a 2 anos, que ainda tem certa imaturidade do sistema imunológico, a melhor prevenção é ir ao atendimento médico”, alertou.

Para amenizar os desgastes dos quadros virais, o especialista informa que além do tratamento médico que for proposto para cada caso específico, existem os cuidados de hidratação, controle da temperatura, medicações que forem prescritas, agasalhar as crianças a noite, não deixar que tomem chuva ou que sofrem a influência das correntes de ar. Ele frisa que esses cuidados reforçam a imunidade e levam ao êxito do tratamento.

Pneumonia

Com relação aos casos de pneumonia, o médico Augusto Freitas Filho informa que é um termo genérico que indica comprometimento inflamatório do órgão pulmão e tem várias causas. Podendo ser por vírus, por bactérias, por fungos e a depender da causa, o tratamento e os cuidados são diferentes.

“A maior parte das pneumonias que acontece nessa época do ano, são virais e às vezes nem é preciso prescrever antibiótico, basta um acompanhamento. Então a depender da extensão da pneumonia, das morbidades que o paciente já apresenta, por exemplo, um paciente idoso, diabético, são encaradas com muito mais cuidado”, afirmou.

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