O Mês de Março é conhecido pela cor Azul-Marinho em conscientização ao câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no país. O câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de colón, e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus.
O médico endoscopista Victor Galvão participou do Programa Acorda Cidade para tirar dúvidas de ouvintes e alertar os cuidados contra o câncer. Segundo o especialista, cerca de 90 até 95% dos casos, são curados.
“Este mês foi escolhido para chamar a atenção e conscientizar a população no combate e prevenção do câncer de intestino, o segundo mais comum no Brasil entre homens e mulheres e o terceiro que mais mata. A incidência tem aumentado e tem elevado uma preocupação, porque é um câncer completamente evitável, se for diagnosticado inicialmente. Cerca de 90 até 95% dos casos são curados, mas apenas 15% são diagnosticados de forma precoce, então isso é um grande problema de saúde, seja no setor público ou privado”, explicou.
Entre as dúvidas mais questionadas durante o Programa, foi sobre os procedimentos da retirada de pedras na vesícula.
De acordo com o especialista, é necessário que além das pedras, a vesícula também seja retirada, pois caso contrário, novos cálculos poderão ser formados.
“Já há um bom tempo que nós utilizamos a tecnologia da laparoscopia, ou seja, não precisa mais realizar o procedimento de ter que abrir o abdômen do paciente. Para que as pessoas entendam melhor, é necessário remover a vesícula pois ela é o foco do problema, é o foco da doença. Os cálculos se formam nela, então não tem como remover os cálculos e deixar a vesícula, pois formaria novos cálculos”, explicou.
Quando faz a remoção da vesícula, o paciente tem mais indisposição indo com mais frequência ao banheiro?
Segundo o médico, esta ação pode acontecer.
“Durante um período isso pode acontecer, principalmente nos primeiros três meses, porque a vesícula ela tem a bile que vai emulsificar as gorduras. Então vai facilitar a ingestão das gorduras, e quando se tira as vesículas do paciente e continua tendo uma refeição muito rica em gorduras, ele pode ter algum grau de incômodo. Uma pequena porção dos pacientes vão ter isso durante mais tempo, mas isso é bem raro”, informou.
Após a retirada da vesícula, é possível ter cálculos vias biliares novamente?
De acordo com o médico, é possível que em alguns testes de triagem, os cálculos não sejam identificados.
“Todo paciente que tem cálculo na vesícula biliar precisa fazer alguns testes de triagem porque existem cálculos dentro das vias biliares. Então caso estes exames apresentem alterações, ele precisará fazer exames de imagens para confirmar se há ou não cálculo. As vezes esse paciente tem pequenos cálculos que não são identificados, e mesmo após a cirurgia, cerca de um ano, um ano e meio, estes cálculos apresentar na via biliar, é porque estes cálculos já estavam e não foram identificados”, destacou.
A esofagite tem cura?
Segundo o médico Victor Galvão, sim, e começa com os próprios hábitos de vida.
“É necessário que este paciente passe a comer bem e geralmente depende da linha de tratamento que o médico vai passar, eu gosto muito de orientar meus pacientes com uma dieta mais fracionada, mastigar bem os alimentos, comer devagar, comer em intervalos mais regulares, mais vezes durante o dia, pequenas quantidades, evitar comer comidas tomando líquido, se alimentar e deitar, café em excesso, refrigerante, bebidas gaseificadas, praticar atividades físicas e não ser sedentário, nem obeso porque isso contribui para o refluxo”, contou.
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