Ney Silva e Gabriel Gonçalves
O câncer de próstata tem afetado a vida de milhares de homens o Brasil e no mundo e, conforme destaca o o médico radio-oncologista Gustavo Mota, é também a doença que mais atinge o sexo masculino. Neste mês é desenvolvida a Campanha Novembro Azul, que busca incentivar a prevenção e o combate a doença cujo diagnóstico precoce oferece uma maior chance de cura.
"Após os 50 anos de idade, o homem precisa ter o cuidado de fazer os exames com o urologista de forma anual, tanto o toque retal, quanto o PSA. Para os homens a partir dos 45 anos, caso tenha familiares de primeiro grau com câncer de próstata, é ideal que já procurem o especialista", destacou o médico em entrevista ao Acorda Cidade.
A partir de exames realizados, é identificada se existe a suspeita do câncer. De acordo com o médico, caso tenha essa possibilidade, o paciente é encaminhado para fazer a biópsia da próstata.
"Se um dos exames der o resultado alterado, esse paciente é encaminhado para fazer a retirada de tecidos da próstata. A partir do resultado da biópsia, que podemos dar o diagnóstico final do câncer", explicou.
O risco para um estado avançado do câncer de próstata pode ser grave. Segundo o médico Gustavo Mota, a região óssea do corpo humano é o primeiro órgão a ser atingido, caso não tenha o devido tratamento.
"A gente pensa logo na bexiga e no reto por está próximo da próstata, mas quando o estado do câncer está bem agressivo, ele pode pegar a corrente sanguínea e atingir os ossos. Quando está na fase inicial, temos duas opções de tratamento, a própria retirada da próstata, ou a radioterapia, um tratamento através de radiações ionizantes, um raio-x de alta energia que atinge a próstata e elimina o tumor", destacou.
De acordo com o médico, o preconceito por parte dos homens em realizar os exames, está diminuindo cada vez mais, mas ainda há uma resistência dos pacientes mais idosos.
"Os pacientes com a faixa etária entre 70, 80, principalmente da zona rural, ainda possuem um preconceito muito grande e deixam para realizar os exames em último momento. Mas as campanhas ajudam muito a esclarecer a importância do exame para justamente retirar esse medo, porque não é nada mais do que um toque e fazer o exame de sangue. É importante a gente desmitificar e tirar esse medo da população, porque quando o paciente vai ao médico e consegue diagnosticar mais cedo, a chance de cura, é maior", finalizou.