Com o aumento de aglomerações e com a mudança das estações do ano é fácil observar o retorno de infecções e doenças respiratórias, como gripes, resfriados, casos de covid-19, bronquite, asma e pneumonia.
Segundo a médica infectologista Melissa Falcão essas infecções atingem crianças e adultos e é necessário tomar determinados cuidados para prevenir e tratar essas síndromes gripais de maneira eficiente.
“Neste período do ano, na época do Outono/Inverno nós temos um aumento natural das infecções respiratórias. São vários os vírus e bactérias responsáveis, mas os principais causadores são os vírus respiratórios que têm acometido muito as crianças abaixo de 4 anos, a influenza B, influenza A, H1N1, H3N2 e também o vírus da Covid. Os casos mais fortes, com a necessidade de internamento, a predominância continua sendo a Covid”, informou a médica ao Acorda Cidade.
A síndrome gripal atinge crianças e adultos.
“Temos visto o grande número de crianças acometidas nas escolas, às vezes uma criança fica gripada e depois todas as outras da sala também adquirem a gripe, por isso a importância de não mandar uma criança com febre para a escola, porque tanto a criança precisa de atenção quando está doente, de cuidado e de repouso, como ela vai acabar contaminando outros colegas de sala e da escola”.
Campanha de vacinação
Um aumento considerável de pessoas com sintomas gripais foi observado nas últimas semanas.
“Isso se deve principalmente à influenza. Isso reforça a necessidade das pessoas aderirem à campanha de vacinação da gripe que começou no país inteiro desde o dia 10 de abril e está disponível para todas as pessoas do grupo de risco, aos profissionais de saúde, às gestantes, idosos, às pessoas com comorbidades comprovadas, profissionais da Segurança Pública, da Educação, então tem um público bem amplo que vem sendo contemplado pela vacina da gripe e que devem procurar um posto de saúde para se vacinar”, orientou.
Sintomas
Os principais sintomas de todas essas doenças começam com um síndrome gripal:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Dor no corpo;
- Coriza;
- Espirro;
- Tosse;
- Pode haver diarréia.
“Esses são os sintomas principais que podem acontecer em qualquer síndrome viral causada por qualquer um desses vírus. A certeza do diagnóstico sobre qual vírus se refere a pessoa só terá com um exame específico para identificação. Não podemos deixar de mão os testes diagnósticos, então os testes de Covid continuam disponíveis e devem ser realizados se houver a suspeita de Covid”, apontou.
O resfriado é um quadro mais leve com os seguintes sintomas:
- Sem febre;
- Sintomas respiratórios mais altos como coriza, espirro, moleza;
- Dor de cabeça.
Já a gripe é a infecção causada pela influenza.
“Quando tem um quadro de influenza A, ou H1N1 e H3N2, os quadros costumam ser bem intensos com muita dor muscular, prostração, febre, dor de garganta, sintomas respiratórios que podem se prolongar por duas semanas com a persistência da tosse”, explicou a médica em entrevista ao Acorda Cidade.
Melissa Falcão relatou que quando acontecem infecções virais, a nossa imunidade baixa e muitas vezes as bactérias se aproveitam dessa oportunidade para causar complicações bacterianas, como uma sinusite ou uma pneumonia bacteriana, por isso que casos prolongados de sintomas respiratórios devem ser investigados.
Aglomerações
O Carnaval e a Micareta não são os responsáveis diretos pela presença do vírus, conforme a abordou a infectologista. “No ano passado, por exemplo, sem o Carnaval e sem a Micareta também tivemos um aumento, mas lógico que se temos uma aglomeração de pessoas, em uma mesma área, sem cuidados, vai acontecer uma proliferação maior . E como aconteceu depois do Carnaval, vai acontecer também depois da Micareta”, relatou.
Uso de máscaras
Apesar do tempo de isolamento para casos de Covid-19 ter sido reduzido, o isolamento continua sendo importante além do uso de máscaras por pessoas que possuem sintomas gripais.
“A política de relaxamento do uso de máscara foi flexibilizada, o que é justificável pelo momento epidemiológico e pela redução no número de casos de Covid, mas precisamos manter o uso para aquelas pessoas que possuem qualquer sintoma respiratório”, disse.
Como aumentar a imunidade
Como forma de proteção, Melissa Falcão disse ao Acorda Cidade, que as pessoas precisam ter uma alimentação e um estilo de vida saudável, fazer atividades físicas, manter-se hidratadas, além de evitar ambientes fechados e sem ventilação.
“As pessoas precisam se cuidar de maneira geral e lembrar de tomar as vacinas, que é a melhor maneira de prevenção das infecções imunopreveníveis, que são aquelas que possuem vacinas disponíveis”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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