Feira de Santana

Médica diz que coronavírus está sob controle, mas não descarta a possibilidade de novos casos em Feira de Santana

Sobre o pedido do Ministério Público do parecer técnico sobre os riscos de proliferação do coronavírus durante a Micareta, Melissa considerou uma atitude muito válida e na opinião dela, é importante que o MP esteja junto com o comitê, lutando para combater o coronavírus na cidade e no Brasil.

Rachel Pinto

A possível circulação do coronavírus está sob controle na cidade de Feira de Santana depois da confirmação de dois casos. A médica infectologista Melissa Falcão, que coordena o comitê de controle da doença, explicou que a equipe está atenta aos possíveis casos de H1N1 e até o momento tudo está sob controle.

“Está tudo sob controle, depois que chegaram os resultados negativos dos contatos domiciliares, das pessoas que residem nas mesmas casas que os casos positivos, nós ficamos muito mais tranquilos. Continuamos a monitorar as outras pessoas que tiveram contato, mesmo os menos prováveis que é o  contato mais distante, ou por um tempo menor. Todos esses pacientes estão sendo buscados e acompanhados e isso será feito até 14 dias, após o último contato com as pessoas contaminadas. Além disso estamos reforçando sempre a necessidade de todas as pessoas que viajaram para a América do Norte, Europa, ou Ásia, que ao sentir qualquer alteração na saúde, mesmo que não seja febre e tosse, qualquer coisa que sintam, até 14 dias, após o retorno da viagem que procurem a Vigilância Epidemiológica que vai funcionar em sistema de plantão 24h, todos os dias da semana para atender a essas pessoas. Tirar todas as dúvidas e fazer a coleta da pesquisa de coronavírus caso seja necessário”, disse.

De acordo com Melissa, há possibilidade de novos casos da doença, mas que não são relacionados a esses dois casos iniciais. Muitas pessoas continuam viajando e tendo contato com países de transmissão ativa e que vão ter risco de desenvolver a doença. Ela frisou que por isso é importante acompanhar de perto todas as pessoas que voltarem e apresentarem os mínimos sintomas para que sejam evitadas novas entradas do coronavírus.

A médica disse ainda que os sintomas do coronavírus e do H1N1 são indistintos um do outro. Geralmente são: tosse, febre, pode ter falta de ar, dor de garganta e nariz entupido. As condições do paciente é que vão encaminhar para a pesquisa de coronavírus e o vínculo epidemiológico.

“Por exemplo, de a pessoa ter viajado para algum país de risco, ou ter um contato próximo, um contato direto de menos de dois metros com algum caso contaminado, com duração maior do que 15 minutos. Então essa diferença vai ser feita através do exame laboratorial. Concomitantemente a pesquisa de coronavírus é feita a pesquisa de H1N1. Em todo caso que é levantada a suspeita de coronavírus, primeiro pesquisamos influenza e os vírus respiratórios comuns. Só vai fazer a pesquisa do coronavírus se esses vírus iniciais derem negativos. Foi o caso que aconteceu com a primeira paciente que acabou tendo uma confusão nessa comunicação. Liberaram para ela só a primeira etapa do exame que foi influenza negativo e depois veio o coronavírus positivo. Então todo paciente que a gente faz a coleta, primeiro pesquisa H1N1 para depois fazer a pesquisa de coronavírus”, acrescentou.

Sobre o pedido do Ministério Público do parecer técnico sobre os riscos de proliferação do coronavírus durante a Micareta, Melissa considerou uma atitude muito válida e na opinião dela, é importante que o MP esteja junto com o comitê, lutando para combater o coronavírus na cidade e no Brasil.

“Qualquer informação que MP deseja ou que precise, estamos dispostos a fornecer. Temos todos os dados da cidade registrados e informaremos tudo que for necessário. Em relação a Micareta, nesse momento, ainda não é hora ainda de se pensar em cancelamento da festa porém, caso hajam novos casos e tenham realmente o risco real de transmissão na Micareta o que vai ser privilegiado não vai ser a festa, vai ser a saúde da nossa população e isso ninguém precisa ter duvida, porque estamos focados na prevenção e tudo que for necessário para esse controle será feito”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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