Mãe pedia esmola para ajudar filho que teve pênis arrancado por cão

A mãe do menino alagoano de apenas 10 anos, que teve o pênis arrancado pelo poodle da família, pedia esmolas pelas ruas de Delmiro Gouveia (AL).

 A mãe do menino alagoano de apenas 10 anos, que teve o pênis arrancado pelo poodle da família, pedia esmolas pelas ruas de Delmiro Gouveia (AL) para comprar remédio e tentar pagar o tratamento de saúde do filho. A história sensibilizou artistas, empresários, que preferem o anonimato, e também o corretor Valdecir Teodoro dos Santos, conhecido como Galego do Seguro. Ele ajudou a família em uma das viagens para o Rio de Janeiro, onde o garoto foi submetido a uma cirurgia rara de reconstituição peniana.

Galego é famoso na cidade alagoana por se vestir de maneira extravagante. "Conheci a mãe do menino quando ela passava pelas ruas com uma foto do filho e pedindo ajuda financeira. Nunca gostei de dar dinheiro, mas me emocionei com a história dela. Pedi para conhecer o menino e saber mais sobre o caso", disse o corretor.

Ele afirmou ainda que acompanha o tratamento do menino desde 2006. "A mãe do garoto fazia bicos de faxineira e visitava as casas contando o drama do filho. É uma família bem humilde e que enfrenta muitas dificuldades. Praticamente vivem de favor, moram um tempo em uma casa, ora em outra. Não havia como deixar de ajudá-los."

A cirurgia

O acidente sofrido pelo menino aconteceu quando ele tinha apenas 6 meses. O pênis do garoto foi arrancado pelo cachorro de estimação da família. Por causa do problema, ele deixou de frequentar a escola há dois anos. A vinda do menino ao Rio de Janeiro foi bancada pela Prefeitura Municipal de Delmiro Gouveia.

Na semana passada, o garoto foi submetido a uma cirurgia de reconstituição do órgão, no Hospital Municipal Jesus, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em abril deste ano, o cirurgião Nicanor Macedo realizou a primeira intervenção cirúrgica para desobstruir o canal da uretra.

O médico Roberto de Castro, conhecido por ser especialista neste tipo de procedimento e que mora na Itália, veio ao Rio de Janeiro e participou da cirurgia. Esta foi a quarta vez que o procedimento foi realizado no Brasil e a primeira vez no Rio. As três anteriores foram em São Paulo e Salvador.

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