Feira de Santana

Mãe e filhos prematuros viajam mais de 10 horas para conseguir atendimento

Nildeci Barbosa, deu luz a gêmeos no município de Mundo Novo. As crianças são prematuras e ela buscou atendimento em 5 hospitais para, enfim, conseguir atendimento

Roberta Costa

A dona-de-casa Nildeci Barbosa da Cruz, saiu do município de Mundo Novo, ontem (7) por volta das 22h, em busca de atendimento para seus filhos gêmeos, que nasceram de forma prematura e precisam de cuidados especiais, pois o município não possui UTI Neonatal e nem incubadoras (aparelho cuja a temperatura do bebê é mantida constante e no qual ele pode receber oxigênio para facilitar sua respiração).

 
De Mundo Novo para Feira de Santana são cerca de 186 km de distância. Em uma ambulância da prefeitura municipal de Mundo Novo, eles fizeram o trajeto e chegaram em Feira na madrugada desta terça-feira (8). 
 
Em entrevista ao repórter Paulo José, do Acorda Cidade a técnica de enfermagem, Luziana Mendes, acompanhante de Nildeci, disse que, quando chegaram aquibuscaram atendimento, primeiro no Hospital Estadual da Criança (HEC). Não encontraram vaga. O mesmo se repetiu no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), no Hospital da Mulher e no Hospital Mater Day .
 
 
Sem sucesso, decidiram seguir para a capital do estado, Salvador (mais 100 km de viagem), em busca de atendimento. Foram no Hospital Geral do Estado (HGE) e em outros hospitais e receberam a notícia que, eles na poderiam ser atendidos , em Feira de Santana. 
 
Voltaram para Feira, na tentativa de conseguir atendimento no HEC e receberam outra negativa. Orientada por algumas pessoas, Luziana Mendes, decidiu entrar em contato com o Acorda Cidade e fazer um apelo.
 
“Essas crianças nasceram prematuras no interior e precisam de cuidados pediátricos que o município de Mundo Novo não oferece. No meu conhecimento o hospital de referência para esse tipo de atendimento é o HEC. Saímos de Mundo Novo 22h e até o momento (7h), não fomos atendidos. Se o oxigênio dessas crianças acabar, elas correm risco de morte. A mãe pariu tem dois dias e não pode ficar sacudindo dessa forma na ambulância”.
 
O Acorda Cidade tentou contato com a diretora do HEC, Edilma Reis, mas ela não foi localizada. Após a intervenção da imprensa, as crianças conseguiram atendimento por volta das 8h da manhã, 10h após saírem de Mundo Novo.
 
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