Desastres naturais, como enchentes e alagamentos, são fatores que contribuem para a proliferação da hepatite A. Diferentemente de outros processos infecciosos, as hepatites apresentam um período longo de incubação. A hepatite A tem período que varia de 20 a 50 dias; as hepatites B e C é ainda maior de 28 a 160 dias. No Brasil, as formas mais comuns são as hepatites A, B, C e – como menor incidência e mais comum na região Norte – a D. Há, ainda, o tipo E, encontrado em países da África e Ásia.
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“A hepatite é uma infecção que acomete o fígado e pode causar sintomas leves, mas pode evoluir para um quadro grave. Trata-se de uma doença silenciosa”, explica a infectologista e professora da Universidade Santo Amaro (Unisa), Lígia Raquel Malheiro de Brito. Na hepatite o paciente pode apresentar sintomas como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, além da alteração na cor da urina e das fezes.
Ainda segundo a infectologista, a transmissão da hepatite A pode ocorrer pelo contato com as fezes, por isso, é necessário cuidado com a assepsia das mãos e evitar acessar áreas alagadas. “A falta de higienização de superfícies como latas de bebidas, uma vez ingeridas diretamente do recipiente, pode tornar-se um foco de contágio”, comenta a infectologista. Já do tipo B e C o contágio pode ocorrer pelo compartilhamento de agulhas contaminadas e relação sexual sem o uso de preservativo.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina para hepatite A para crianças com idades de 1 a 2 anos, para homens que tenham relação sexual com parceiros do mesmo sexo; e pessoas com doenças hepáticas. Já o imunizante para o tipo B é oferecido pelo SUS para toda a população. No caso da hepatite C não há imunizantes por isso, cada tipo de hepatite requer um tratamento específico.
Como trata-se de uma doença sintomática, não há um tratamento específico para a hepatites o tratamento ocorre com medicamentos sintomáticos para febre, náuseas e dor. Para as hepatites causadas pelos vírus B e C são administrados medicamentos antivirais. Nos casos mais severos da doença, que acomete de 3% a 5% dos pacientes, sem o tratamento adequado pode evoluir para alterações no fígado, cirrose ou até câncer. Por isso, em caso de suspeita deve-se buscar a orientação médica.
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