Feira de Santana

Julho Amarelo: centro especializado intensifica ações contra hepatites virais

A enfermeira Telma Nandiara destacou que com a pandemia de Covid-19 as pessoas deixaram de buscar os centros de saúde.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O Centro de Saúde de Especializado (CSE) Dr. Leône Coelho Leda, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está intensificando este mês os serviços de orientação, testagem e vacinação contra as hepatites virais. As ações fazem parte da Campanha Julho Amarelo.

De acordo com a Telma Nandiara Barbosa, enfermeira referência técnica em Hepatites Virais da Secretaria será intensificada a vacinação contra o vírus da hepatite B, além da oferta de testes rápidos para detecção precoce da doença.

“Durante o Julho Amarelo, a gente vai intensificar as ações para hepatite B. A gente sabe que não tem vacina para a C, então a gente intensifica para a B, que é o que o Ministério da Saúde está recomendando para aumentar a cobertura de pacientes vacinados. Estamos realizando sala de espera, para dar orientações sobre as hepatites virais, e realizando testes rápidos para detecção precoce dos tipos B e C, no centro de testagem anônima, que está localizado no CSE. Então este mês vamos intensificar as ações de prevenção contra as hepatites virais”, informou.

Ela alertou à população que observe em seus cartões de vacinações se há as três doses da vacina contra a hepatite B, como também verificar na caderneta da criança se foi vacinada contra a hepatite A. “E se tem dúvidas se é portador da hepatite B ou C, pode ir ao CSE para fazer o diagnóstico e o tratamento é gratuito”.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

A enfermeira Telma Nandiara destacou que com a pandemia de Covid-19 as pessoas deixaram de buscar os centros de saúde, mas alguém só pode saber se está ou não com hepatite se fizer o teste.

“Temos atualmente 1.718 pessoas acompanhadas pelo CSE no ambulatório de hepatites virais, alguma delas já receberam o tratamento e outras estão só em acompanhamento, porque para fazer o tratamento é preciso ter uma carga viral alta, e os hepatologistas referências do centro de hepatites virais. Eles vão fazer todo o acompanhamento e verificar a necessidade de tratamento do paciente. Este ano já tivemos 21 pacientes tratados até junho. A cura da Hepatite C com as novas drogas é de 99%, então quanto mais diagnósticos a gente fizer, as pessoas serão tratadas”, salientou.

No caso da hepatite B, ela informou que pode levar um tempo de seis meses para o corpo identificar o vírus. Durante esse período a pessoa pode ficar com a doença em sua forma aguda, e se após seis meses o paciente permanecer com o vírus, se torna um paciente crônico, podendo realizar o tratamento ou não.

“Esse ano no centro já foram 15 novos pacientes que entraram em tratamento contínuo para o tipo B. E quando entra em tratamento a gente consegue interromper a cadeia de transmissão para outras pessoas, e sem tratamento pode haver um comprometimento total do fígado e precisar até de transplante hepático.”

Conforme Telma Nandiara, a Hepatite é uma inflamação no fígado, pode ser causada pelo uso indiscriminado de chás, uso indiscriminado de medicações, como anti-inflamatórios, analgésicos, por vírus e também doenças autoimunes.

“Na Secretaria de Saúde, a gente tem um programa de acompanhamento dos pacientes que são portadores das hepatites virais A, B, C, D e E. As mais comuns são a A, B e C. A Hepatite A e C, tem vacina. A criança com 1 ano e 3 meses toma a vacina da Hepatite A em todos os postos de saúde até a idade de 5 anos. Após isso, a vacina só é fornecida pela rede privada. Já a Hepatite B também tem vacina e a criança toma logo ao nascer, junto com a BCG associada à pentavalente, que é uma vacina conjugada. Após os cinco anos, as crianças ou adultos podem tomar a vacina contra a Hepatite B monovalente em qualquer posto de saúde.”

Quanto à forma de transmissão, a Hepatite B pode ser transmitida através da relação sexual sem uso de preservativo, e se o parceiro for portador da doença, ele passa para a parceira.

“A gente tem um perfil de adultos jovens para Hepatite B. Os pacientes mais idosos geralmente são portadores de hepatite C. O exame para diagnóstico das Hepatites B e C podem ser o exame o teste rápido para os tipos B e C, ou sorologia, que é feito no Centro Hepatites Virais, no centro da cidade, no CSE. Em relação ao contágio os tipo B e C, pode acontecer através da relação sexual desprotegida. No caso da C, que não tem vacina, é preciso usar as medidas preventivas, como não compartilhar materiais cortantes, não fazer tatuagens em qualquer lugar, pois todo o material que tem contato com sangue deve ser esterilizado”, explicou a profissional de saúde.

Outra forma de transmissão da hepatite A, é a ingestão de alimentos contaminados e o compartilhamento de copos e talheres.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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